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Petróleo fecha em alta, apoiado por Baker Hughes e de olho na Venezuela

1 fev 2019 - 18h13
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Os contratos futuros de petróleo fecharam a sessão desta sexta-feira, 1, em alta, apoiados por uma desaceleração na exploração de petróleo nos Estados Unidos, enquanto os agentes continuam a monitorar a situação política na Venezuela.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março fechou em alta de 2,73%, cotado a US$ 55,26 por barril, com ganho semanal de 2,92%. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril subiu 3,14% hoje e 1,80% na semana, terminando cotado a US$ 62,75.

A Baker Hughes informou nesta sexta-feira que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA esta semana caiu 15, para 847 no total. O recuo vem após um aumento de dez poços e plataformas na semana passada. Os dados da Baker Hughes deram ainda mais força aos preços da commodity, que já apresentavam ganhos em torno de 2% antes da divulgação do relatório. Parte desse movimento de alta veio com um documento da JBC Energy, que aponta queda de 900 mil barris por dia (bpd) na produção de óleo cru da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em janeiro, um valor maior do que os 800 mil bpd acordados pelo cartel em dezembro.

De acordo com a consultoria, cerca de metade do declínio coletivo da Opep veio de reduções voluntárias de 440 mil bpd transportados pela Arábia Saudita. Enquanto isso, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Iraque reduziram, juntos, a produção em 300 mil bpd. Parte do declínio também foi impulsionada pelas sanções americanas impostas ao Irã, onde a oferta caiu em 100 mil bpd em janeiro, e pelo bloqueio armado na Líbia, que bombeou 300 mil bpd a menos mês passado. Já a produção de óleo na Venezuela caiu 20 mil bpd em janeiro, segundo a JBC.

Nesta semana, a crise na Venezuela elevou os preços do petróleo, principalmente devido a penalidades impostas pelos EUA ao país sul-americano, o que poderia reduzir as importações de óleo bruto dos EUA e os estoques totais. Contudo este fim de semana pode ver o apoio dos preços do petróleo enquanto a oposição promete protestos maciços de rua contra o presidente Nicolás Maduro, que devem se espalhar pelo fim de semana. As manifestações da oposição a Maduro realizadas na quinta-feira frustraram as expectativas dos organizadores. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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