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Passaredo suspende todos os voos a partir de segunda-feira e dá licença remunerada a funcionários

Comunicado da VOEPASS classifica o período de suspensão como uma "hibernação"

20 mar 2020 - 20h08
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BRASÍLIA - A Passaredo informou que suspenderá as operações em todos os 32 destinos no Brasil a partir de segunda-feira (23). A empresa é a primeira aérea do País a paralisar as atividades devido à pandemia do novo coronavírus.

Com sede em Ribeirão Preto, a Passaredo iniciou sua operação em 1995
Com sede em Ribeirão Preto, a Passaredo iniciou sua operação em 1995
Foto: Pierre Barthe/Divulgação / Estadão

Em comunicado, a principal companhia regional do setor informou que a suspensão é temporária, mas não deu prazo para a retomada dos voos. "Nas últimas semanas, a demanda pela comercialização de passagens chegou próximo de zero, enquanto os no-show (ausências) e cancelamentos cresceram substancialmente", relatou a Voepass, novo nome da Passaredo.

Segundo a companhia, as passagens já adquiridas poderão ser remarcadas sem custo ou taxa, para qualquer voo futuro, ou o passageiro pode deixar o valor da passagem como crédito para uso até um ano da data prevista. Para caso de reembolso do bilhete, a empresa aérea tem até um ano da data do voo para realizá-lo.

"Esta medida se faz necessária para preservar a integridade de colaboradores, clientes e familiares e para que a companhia passe por este momento de grave crise de maneira íntegra, com a manutenção dos postos de trabalho e pronta para em breve retomar com força e pujança", informou.

Um acordo entre a empresa e sindicatos prevê que a companhia conceda para parte dos colaboradores licença remunerada, com pagamento de 20% do salário base a título de abono. "Já os colaboradores que permanecerão em atividade na empresa, poderão ter redução na carga horária e no salário, incluindo casos de home office. Todos os diretores e gerentes irão manter normalmente suas atividades, também com redução salarial", informou a empresa, que não deu detalhes.

Por fim, o comunicado da VOEPASS classifica o período de suspensão como "uma hibernação" para que, "no curto prazo, consiga voltar ao seu processo de reestruturação e crescimento com a mesma intensidade dos últimos meses. Estamos monitorando o mercado de forma constante e estaremos prontos para retomar as operações no momento propício e adequado", conclui.

MAP

Já a MAP Linhas Aéreas, subsidiária da Voepass anunciou que já suspendeu as operações em 13 destinos, a maioria no Norte do País. Foi mantido apenas um contrato de fretamento naquela região. Ao contrário da Voepass, o comunicado da MAP informa que "a empresa deliberou com os sindicatos a melhor forma para preservar os postos de trabalho e as propostas estão sendo apresentadas aos colaboradores" e "a previsão é que, na primeira quinzena de junho, se inicie o processo de retomada das operações", concluiu.

Estadão
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