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Para gerar 1 milhão de empregos, economia tem de crescer 3% em 2020, diz secretário

Bruno Dalcolmo, do Ministério da Economia, diz que resultado depende, entre outros fatores, da aprovação das reformas e do andamento das privatizações

24 jan 2020 - 15h38
(atualizado às 15h41)
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BRASÍLIA - O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, evitou fazer uma previsão oficial para a geração de empregos com carteira assinada em 2020, mas disse acreditar em até 1 milhão de novos postos de trabalho neste ano, caso o Produto Interno Bruto (PIB) tenha uma alta próxima de 3% até dezembro. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira, 24, mostrou a criação de 644.079 de vagas em 2019.

"Não fazemos previsão para mês ou ano, mas a tendência (para emprego) é clara, crescimento tem sido mais vigoroso. A tendência é de alta em 2020, e se as previsões entre 2,5% e 3% de crescimento do PIB neste ano se confirmarem, teremos um 'rebate' importante no mercado de trabalho", afirmou.

"Nesse cenário, se a economia chegar a um crescimento de 3%, é bem provável que (o Caged) se encoste em 1 milhão de empregos em 2020", completou.

Dalcolmo lembrou que já houve momentos nos quais o País gerou mais de 2 milhões de empregos por ano. "Mas o cenário depende do cenário externo, da aprovação de reformas - não exclusivamente uma, mas do conjunto -, do andamento das privatizações, das negociações comerciais e da confiança do empresariado. Até a possibilidade de pandemia na China pode ser um problema. Mas a economia brasileira está na direção correta", acrescentou.

O secretário disse que a expectativa do presidente Jair Bolsonaro de criação de 1 milhão de vagas formais de trabalho em 2019 não considerava o fechamento de vagas em dezembro.

Com o fechamento líquido de 307.311 vagas no último mês do ano, o saldo de empregos com carteira assinada ficou positivo em 644.079 vagas em 2019.

"O comentário (do presidente) não contemplavam a queda de dezembro. Só quem acompanha de perto o mercado de trabalho sabe que dezembro é um mês de demissões. Mas vamos continuar trabalhando por esse número de 1 milhão de novas vagas em 2020", comentou.

Estadão
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