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O que fazer se cair em golpe de Pix por aproximação?

Orientação do Banco Central é a de entrar em contato com o banco para relatar o caso e solicitar a devolução

28 fev 2025 - 18h35
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O Pix por aproximação começou a operar nesta sexta-feira, 28, em todas as instituições de pagamento. A funcionalidade promete dar ainda mais agilidade nos pagamentos instantâneos, porém, assim como as outras modalidades de Pix, também pode entrar na mira dos criminosos que tentam aplicar golpes.

Especialistas explicam que golpes com Pix por aproximação são mais difíceis de serem aplicados do que as outras modalidades de pagamentos por aproximação, até mesmo cartões de débito e crédito. A lógica é a de que nos cartões, mesmo os que estão em wallets (as carteiras digitais), existe o risco de que eles sejam clonados, o que não acontece com o Pix por aproximação.

"Existe uma maior robustez [no Pix] em termos de usuário final. Muitas vezes, na hora de passar o cartão, existem máquinas com ataques específicos que tem por objetivo clonar o número do cartão. No caso do Pix, toda a coleta e protocolo de coleta acontece dentro do sistema do Pix, gerenciado pelo Banco Central. Isso sem falar em todas as camadas de proteções das wallets", afirma Thiago Zaninotti, CTO da Celcoin, fintech especializada em jornada de pagamento.

Thiago Amaral, advogado especializado em meios de pagamento e sócio da Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW), afirma que quase todas as instituições que oferecem os pagamentos por aproximação oferecem camadas de segurança adicionais, tais como exigência do uso de PIN (chave de segurança) e biometria, seja ela digital ou facial. "É muito menor o risco de golpe do Pix por aproximação. Numa engenharia social [técnica de manipulação que explora erros humanos] as fraudes ocorrem com senhas, porém, no Pix por aproximação, é necessário autenticar a operação para validá-la", afirma o também professor da FGV e Insper.

Apesar das considerações, os dois não descartam golpes - porém, é necessária uma "tempestade perfeita" para que ocorram. "A não ser que a pessoa desabilite todos os mecanismos de controle e bloqueios desligados, aí sim, talvez, possa ocorrer um fator degradante", afirma Zaninotti. O certo é que é impossível um golpe ser aplicado com a simples aproximação de um aparelho celular de um outro equipamento, diz Amaral.

O Pix por aproximação começou a operar nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, em todas as instituições de pagamento
O Pix por aproximação começou a operar nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, em todas as instituições de pagamento
Foto: Divulgação/Apple / Estadão

Como se prevenir

Para se prevenir de golpes em qualquer modalidade de Pix, os especialistas recomendam o seguinte:

  • Habilitar todos os recursos de segurança da wallet;
  • Acionar Pin, senha ou biometria;
  • Sempre manter um limite baixo por transações ou diários, principalmente na rua;
  • Qualquer transação realizada, sempre solicitar que o lojista confirme na tela o valor do pagamento final.

O que fazer em caso de ser vítima de golpe?

Para todos os casos envolvendo golpes de Pix, o Banco Central orienta ao cliente entrar em contato com o seu banco ou instituição que oferece o meio de pagamento instantâneo, e também registrar um boletim de ocorrência.

Outra dica é a de fazer com que o banco acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix. Com o MED, o banco do suposto golpista bloqueia os valores transferidos. A resposta do pedido é dada em sete dias corridos. Se for constatada a fraude, o banco do golpista deve devolver os valores à vítima em até 96 horas após a avaliação.

Caso não haja resolução, a vítima pode procurar o Procon, o Poder Judiciário ou registrar uma reclamação no Banco Central. Segundo o BC, o MED não se aplica em casos de desacordo comercial, como envio de produto errado, apenas em suspeitas de fraude.

Saiba como aderir ao Pix por aproximação

As regras que autorizaram o funcionamento do Pix por aproximação estabeleceram o limite de R$ 500 por operação. Não há imite diário, e o cliente pode pedir para que o banco faça ajustes.

A adesão ao Pix por aproximação não é automática para o cliente e nem para o estabelecimento. Em ambos os casos é necessário habilitar os aparelhos. Os pagamentos por aproximação nos celulares é possível por meio tecnologia NFC (Near Field Communication). Apenas modelos muito antigos de celulares não possuem esse recurso.

O NFC permite operações sem fio entre dispositivos compatíveis, como smartphones (ou mesmo relógios inteligentes) e maquininhas de cartão. Isso significa pagamentos mais rápidos e seguros, sem a necessidade de digitar chaves Pix (telefone, CNPJ, CPF, mail etc) ou escanear QR Codes. Veja abaixo como ativar.

  • Para usar o Pix por aproximação, é necessário ter um smartphone Android com NFC e uma conta bancária vinculada ao Google Pay.
  • Você pode verificar e ativar o NFC nas configurações do seu smartphone;
  • Após vincular sua conta bancária ao Google Pay, informe ao lojista que deseja pagar via Pix por aproximação;
  • Desbloqueie seu smartphone, aproxime-o da maquininha com o Google Pay aberto, confirme o valor, e autentique o pagamento com sua biometria;
  • As transações são protegidas por criptografia e autenticação biométrica;
  • O Google Pay não compartilha informações da conta com o varejista, garantindo a privacidade dos dados dos usuários;
  • É crucial adotar medidas de segurança, como senhas fortes e atualização do sistema operacional;
  • Fique atento ao limite de valor para aparelhos novos e que ainda não estejam cadastrados nos bancos. Esses aparelhos só podem fazer, por vez, transações de R$ 200 limitadas a 5 operações diárias de mesmo valor. Para os usários que já tenham aparelhos cadastrados, nada muda.
Estadão
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