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O open banking trouxe 3 benefícios que pouca gente percebeu

O ecossistema financeiro já ganhou de cara três notícias boas com o advento do open banking.

2 nov 2021 - 08h00
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O sucesso do open banking essencialmente depende de sua adesão pelos consumidores, defende Peterson dos Santos
O sucesso do open banking essencialmente depende de sua adesão pelos consumidores, defende Peterson dos Santos
Foto: Arquivo Pessoal

Inspirando-se em economias desenvolvidas e no movimento ESG, há uma forte aposta na construção de um ecossistema financeiro melhor, que ofereça democracia por meio dos dados. Somando a isto, com a adoção do open banking o mercado ficará ainda mais aquecido, representando U$ 43,15 bilhões até 2026 (de acordo com a consultoria Allied Market Research).

A abertura de dados financeiros (open banking) significa a transferência da propriedade das informações bancárias das instituições financeiras para os clientes, conferindo maior liberdade, tornando possível acessar inúmeros benefícios através do compartilhamento dos dados. Isto será benéfico para todo o ecossistema brasileiro, em especial para o consumidor.

Existe, vale apontar, um cenário de conjuntura que favorece a adesão ao open banking, pois durante a pandemia ocorreu um movimento de inclusão financeira em que mais de 33 milhões de pessoas abriram contas bancárias pela primeira vez para receber benefícios (Caixa Econômica Federal). 

Há também uma crescente utilização de smartphones, o Whatsapp já permite a realização de pagamentos e o Pix, em pouco mais de seis meses, chegou à marca de um trilhão de reais movimentados, ultrapassando o volume de TED, DOC, cheques e boletos bancários.

A seguir compartilho três benefícios que tenho enxergado para o ecossistema financeiro com o advento do open banking.

1. O open banking traz inovação para o setor financeiro

Como o custo de aquisição de clientes (CAC) a partir do fluxo livre de informações será menor, a barreira de entrada para novos participantes no sistema também é menor, promovendo inovação contínua. Diante deste cenário, podemos pensar na personalização de produtos, desenvolvimento de soluções nativas digitais e atendimento a demandas de nichos que antes eram ignorados. 

Com isso, o maior beneficiário de todo o setor será o usuário final, pois esse compartilhamento está baseado na posse dos dados bancários do titular dos dados, conferindo total autonomia e controle.

2. Muitas vantagens para o consumidor

O open banking vai trazer muitas vantagens para o consumidor que vão da diminuição do custo do crédito à possibilidade de acesso a diversos benefícios e soluções. 

Diante da concorrência, o cliente passa a ter mais opções e pode escolher a que for mais conveniente. Por exemplo: ao optar fazer a portabilidade de seus dados para um novo fornecedor de seguros, o cliente pode ter acesso a um programa de fidelidade onde o pagamento da fatura sai de graça caso ele gaste mais de X reais no crédito com o cartão integrado (oferecido por uma seguradora que, agora, pode atuar como banco e emitir seu próprio cartão de crédito). As possibilidades são inúmeras.

3. Mais beneficiados pelo open banking

Setores que podem desfrutar de benefícios com a expansão do crédito só têm a se beneficiar, pois frente a maior oferta de empréstimos e com mais instituições financeiras dispostas a concedê-los a custo baixo, muitos empreendedores terão novas fontes de financiamento para a aquisição de insumos, por exemplo. 

Hoje, a maior parte das operações está a cargo de bancos tradicionais, que até têm custo baixo, mas exigem enorme esforço burocrático.

O open banking trouxe 3 benefícios que pouca gente viu:

Uma coisa é certa: o mindset que nasceu com o open banking vai gerar valor significativo ao mercado financeiro por meio de negócios interconectados, estruturados em plataformas digitais e centrados na experiência do cliente. No entanto, se o benefício ao cliente não ficar claro será improvável que este sinta-se seguro e propenso a compartilhar seus dados.

O sucesso do open banking essencialmente depende de sua adesão pelos consumidores e para que isso ocorra, é necessário mais conhecimento aliado à visão estratégica. 

(*) Peterson dos Santos é CEO e fundador da Trio, techfin que atua com empresas e instituições financeiras.

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