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Mesmo com EBITDA forte, ação da Azul (AZUL4) despenca após números de novembro

30 dez 2025 - 13h27
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Azul (AZUL4) - Foto Divulgação Luis Neves
Azul (AZUL4) - Foto Divulgação Luis Neves
Foto: Suno

Mesmo após divulgar um EBITDA ajustado robusto no mês de novembro, as ações da Azul (AZUL4) sofreram forte pressão no mercado e derreteram no pregão seguinte. A reação negativa reflete a cautela dos investidores com o processo de recuperação judicial da companhia aérea nos Estados Unidos e com os riscos financeiros que ainda cercam a empresa.

Na tarde desta terça-feira (30), por volta das 12h30, os papéis da Azul caíam 7,92%, negociados a R$ 2.219,98. Logo na abertura do pregão, a ação chegou a entrar em leilão por oscilação máxima permitida, após uma queda próxima de 10%, sinalizando uma leitura defensiva do mercado diante dos dados divulgados na véspera.

Na noite de segunda-feira (29), a Azul apresentou à Justiça dos Estados Unidos seu relatório operacional mensal, documento exigido no âmbito do Chapter 11, processo de recuperação judicial em andamento no país. O relatório trouxe informações financeiras referentes ao período de 1º a 30 de novembro de 2025.

No mês, a companhia registrou receita líquida de R$ 1,817 bilhão. O resultado operacional ajustado, desconsiderando itens não recorrentes ligados à reestruturação, somou R$ 392,1 milhões, equivalente a uma margem operacional de 21,6%.

Mercado ignora força operacional e mantém cautela com a AZUL4

O EBITDA ajustado alcançou R$ 621,8 milhões, com margem de 34,2%, um nível elevado mesmo em comparação com meses anteriores. Ao fim de novembro, a Azul reportou R$ 1,348 bilhão em caixa e equivalentes, além de R$ 3,749 bilhões em contas a receber.

Apesar desses números, o mercado reagiu com cautela. Investidores ponderam que os dados são preliminares e não auditados, divulgados exclusivamente para atender às exigências do tribunal americano, e não substituem as demonstrações financeiras completas da companhia.

No comunicado encaminhado ao mercado, a Azul afirmou que as informações têm como objetivo "manter o mercado informado sobre a evolução da posição financeira e operacional da companhia ao longo de seu processo de reestruturação".

Além do desempenho mensal, pesa sobre a AZUL4 a incerteza em relação às próximas etapas do plano de recuperação judicial. O mercado acompanha com atenção a possibilidade de diluição dos acionistas, diante da conversão de dívidas em ações e da emissão de novos papéis.

Outro ponto sensível é a proposta de extinção das ações preferenciais, com conversão em ações ordinárias, que será discutida em assembleia marcada para 12 de janeiro de 2026. A iniciativa busca simplificar a estrutura de capital da empresa, mas adiciona volatilidade ao papel no curto prazo.

Na prática, a derrocada das ações reflete um descompasso entre resultado operacional pontual e risco financeiro estrutural. Mesmo com margens elevadas em novembro, o mercado segue mais atento ao desfecho do Chapter 11 do que à fotografia mensal dos resultados da Azul (AZUL4).

Suno
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