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Maia se reúne com governo e líderes partidários para discutir votação da Previdência

Ideia é tentar fechar um acordo para que o texto que foi aprovado na Comissão Especial na quinta-feira, 4, sofra as mínimas alterações possíveis

6 jul 2019 - 13h32
(atualizado às 14h35)
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BRASÍLIA - As negociações em torno da tramitação da reforma da Previdência na Câmara devem ser aceleradas neste final de semana. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já manifestou sua intenção de aprovar o texto no plenário antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

Neste sábado, 6, um encontro na casa de Maia reúne líderes partidários, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. A ideia é tentar fechar um acordo para que o texto que foi aprovado na Comissão Especial na quinta-feira, 4, sofra as mínimas alterações possíveis.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), que esteve presente na reunião, mas já deixou o encontro, afirmou, ao sair, que a expectativa é de que a reforma seja aprovada em dois turnos na Câmara já na próxima semana. "Reunião com Maia foi grande passo para aprovar reforma da Previdência", afirmou.

Omar Aziz disse ainda que no encontro não se tratou da inclusão de Estados e municípios na reforma. "Acho difícil incluir a essa altura", afirmou. Ele disse ainda que a expectativa é de que a tramitação da reforma no Senado seja mais célere. "No Senado, discussões de plenário são mais rápidas", comentou.

Maia afirmou na sexta-feira, 5, que um dos principais focos de tensão deve ser a questão dos policiais federais, rodoviários federais e legislativos. Os policiais federais defendem que a idade mínima para a aposentadoria seja menor do que a prevista no relatório aprovado na quinta-feira, de 55 anos, com um pedágio de 100% sobre o tempo que ainda faltasse para quem estivesse perto de se aposentar, o que daria acesso a integralidade (último salário da carreira) e paridade (reajuste igual dos policiais da ativa).

Um acordo chegou a ser quase fechado nesta semana, com a previsão de aposentadoria aos 52 anos para mulheres e 53 anos para homens, mas ele caiu porque os policiais não aceitaram os termos, já que o pedágio continuaria valendo. De acordo com Coronel Tadeu (PSL-SP), encarregado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser articulador na Câmara em prol da categoria, os policiais federais aceitam fazer concessões, com uma proposta em que o pedágio seja de 50%. Antes, a categoria queria que a exigência fosse de 17%, como a proposta aos militares das Forças Armadas no projeto que está parado na Câmara.

Estadão
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