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Justiça confirma recuperação judicial de trading de grãos Seara Agronegócios

23 nov 2017 - 17h08
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Uma juíza da Vara Cível de Sertanópolis, no Paraná, ratificou uma decisão que deferia pedido de recuperação judicial da trading de grãos Seara Agronegócios, que negocia soja e milho, informou a companhia nesta quinta-feira.

O anúncio vem após uma decisão de julho que havia paralisado o processo para a realização uma perícia técnico-contábil, devido a alegações de credores de que a empresa havia falsificado informações financeiras.

A Seara, que tem como maior credor a cooperativa norte-americana CHS, estava entre as 10 maiores negociadoras de commodities no Brasil quando entrou com pedido de recuperação judicial em abril para reestruturar 2,1 bilhões de reais em dívidas.

A companhia deve 218 milhões de dólares à CHS. A unidade local do holandês Rabobank, o grupo suíço Credit Suisse e a subsidiária brasileira da Bunge também estão entre os credores.

A Seara Agronegócios disse em comunicado que irá apresentar um plano de recuperação à juíza responsável pelo processo "dentro do prazo previsto".

Em setembro, a Reuters publicou com exclusividade que a Seara Agronegócios havia oferecido ativos de logística a credores em uma tentativa de resolver as dívidas.

A endividada empresa, sediada no Paraná, tem uma planta de processamento de soja, armazéns, três terminais de logística e um terminal portuário em Paranaguá, segundo maior porto de exportação de grãos do país.

Os terminais são considerados valiosos porque permitem embarques de grãos por trem entre Mato Grosso e Paranaguá. Os credores também podem ficar com fatias nos ativos e ganhar o direito de mover produtos através do sistema.

Uma fonte que tem acompanhado o caso de perto disse à Reuters nesta quinta-feira que as negociações para isso continuam, mas que não há um sinal claro sobre um possível resultado das conversas.

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