Juros vão cair no Brasil? Entenda o que está em jogo no Copom
Manutenção já é precificada pelo mercado, mas os olhares estão no comunicado
O foco do pregão está total no comunicado do Copom. A manutenção da Selic é esperada, mas o mercado busca indicação sobre quando pode começar o ciclo de cortes. Ontem, o Ibovespa renovou recorde, aos 150.704 pontos, em meio a expectativa pela decisão desta quarta (5).
O Ibovespa voltou a renovar recorde nesta terça-feira (4), mesmo com sinais de desaceleração da economia e do clima de cautela entre investidores. O índice encerrou o dia em alta de 0,17%, aos 150.704 pontos, em um pregão marcado pela expectativa pela decisão do Copom desta quarta (5), que pode indicar quando começa a tão esperada queda da taxa Selic.
O dólar também avançou, fechando o dia em alta de 0,77% ante o real, a R$ 5,40, no maior nível em quase duas semanas, com investidores reduzindo exposição antes do comunicado do BC.
Nos destaques da Bolsa, a Petrobras ajudou a segurar o Ibovespa: PETR3 subiu 0,94% e PETR4 avançou 0,50%. Já a Vale recuou 1,12%, pressionada pela queda do minério de ferro na China. No setor bancário, Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,86%, enquanto Itaú (ITUB4) caiu 0,30% na véspera da divulgação dos resultados trimestrais.
Entre as maiores variações do dia, Pão de Açúcar (PCAR3) disparou 6,16%, seguido por Vamos (VAMO3), com alta de 5,02%. Na ponta negativa, Embraer (EMBR3) liderou as perdas, caindo 3,60%.
No exterior, as bolsas operam em queda com receio de uma possível “bolha” nas empresas de tecnologia ligadas à inteligência artificial, após resultados abaixo do esperado de gigantes do setor. Investidores também aguardam dados de emprego nos Estados Unidos, que podem influenciar a política de juros do Fed, em meio ao apagão de dados devido ao prolongado shutdown, que já é o maior da história.
No Brasil, o foco total está no comunicado do Copom. A manutenção da Selic é esperada, mas o mercado busca indicação sobre quando pode começar o ciclo de cortes. No Congresso, avança o debate sobre o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e a tributação de lucros e dividendos.
Entre os destaques corporativos, o GPA reverteu prejuízo e registrou lucro de R$ 137 milhões, mostrando melhora gradual das margens e da eficiência operacional. A Azul obteve aval da Justiça de Nova York para seguir com seu plano de reorganização financeira, que inclui apoio de US$ 650 milhões em novos recursos. Já a GOL teve a reestruturação aprovada pelos acionistas, em um processo que pode levar ao fechamento de capital.
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