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Juros futuros fecham em baixa em reação ao comunicado do Copom e ao câmbio

20 set 2018 - 17h23
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Os juros futuros fecharam a sessão regular em queda nesta quinta-feira, 20, refletindo basicamente a mensagem do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) e o forte alívio no câmbio. O dólar ampliou o recuo na última hora de negócios, renovando mínimas ante o real, em linha com o movimento ante outras moedas de economias emergentes.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 8,49%, de 8,537% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,746% para 9,72%. O DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 11,31%, de 11,365% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 12,144% para 12,03%.

Contrato que melhor reflete as apostas para a política monetária nos próximos meses, o DI para janeiro de 2019 fechou com taxa de 6,73%, de 6,791% ontem no ajuste, refletindo principalmente uma correção das apostas residuais de alta da Selic no Copom de ontem que estavam na curva.

As taxas de longo prazo foram as que mais cederam, dado que o comunicado do Copom foi considerado conservador, ao destacar que o estímulo da política monetária "começará a ser removido gradualmente" caso o cenário prospectivo para a inflação ou o balanço de riscos apresentem piora. Além disso, o mercado viu no texto aumento das preocupações com o quadro externo e com o risco de não implantação de reformas pelo novo governo. Caso o Banco Central antecipe o aperto monetário, a inflação tende a ficar mais controlada no longo prazo e, por isso, a ponta longa devolveu prêmios hoje mais fortemente.

As taxas curtas chegaram a subir um pouco pela manhã reagindo ao Copom, mas como o mercado já vinha antecipando nos últimos dias o tom mais duro do comunicado e também porque a curva já embute alta forte da Selic nos próximos meses, a pressão se dissipou durante a sessão.

Ao contrário do levantamento do Ibope, que mostrou o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, isolado na segunda colocação, a pesquisa Datafolha trouxe Haddad (16%) tecnicamente empatado com Ciro Gomes (13%), do PDT. Apontou ainda Ciro como o único candidato que venceria todos os adversários no segundo turno da eleição. Por outro lado, o crescimento de apenas 3 pontos (de 13% para 16%) de Haddad, ante 11 pontos trazidos pelo Ibope, foi visto como alívio.

Nesta tarde, a agência de classificação de risco Moody's afirmou que "independentemente de quem vença as eleições presidenciais no Brasil, dada a perspectiva política polarizada, o novo presidente enfrentará desafios para estabelecer uma relação de trabalho com o Congresso que o capacite a governar efetivamente".

Nos demais ativos, o dólar à vista era cotado em R$ 4,0744 (-1,37%) e o Ibovespa estava perto da estabilidade, com 78.183,50 pontos (+0,02%).

Estadão
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