PUBLICIDADE

Juiz dos EUA permite que processos contra o Roundup da Monsanto vão a julgamento

10 jul 2018 - 18h43
(atualizado às 18h52)
Compartilhar
Exibir comentários

Centenas de processos de sobreviventes de câncer ou de famílias de falecidos contra a Monsanto podem ir à julgamento, decidiu um juiz federal norte-americano nesta terça-feira, acreditando que há evidências o suficiente para um júri ouvir os casos que culpam o herbicida que contém glifosato da empresa pela doença.

Logo da Monsanto na sede da companhia em Morges, na Suíça
25/05/2016
REUTERS/Denis Balibouse
Logo da Monsanto na sede da companhia em Morges, na Suíça 25/05/2016 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

A decisão do juiz distrital dos Estados Unidos Vince Chhabria em São Francisco ocorre após anos de litígios e semanas de audiências sobre a ciência controversa que cerca a segurança do glifosato químico, ingrediente chave do herbicida mais vendido da Monsanto.

A Monsanto agora é parte da Bayer, depois de uma aquisição de 62,5 bilhões de dólares da gigante norte-americana de sementes, em junho.

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA concluiu em setembro que o glifosato provavelmente não é cancerígeno para humanos. Porém, a Organização Mundial da Saúde classificou em 2015 o glifosato como "provavelmente cancerígeno para humanos."

Chhabria chamou as opiniões de autoridades apresentadas pelos requerentes de "vacilantes" e excluiu completamente a opinião de dois cientistas. Porém, ele disse que um júri razoável poderia concluir, com base nas descobertas de quatro especialistas autorizados, que glifosato pode causar câncer em humanos.

Os autores dos processos precisarão em seguida provar que o Roundup causou câncer em pessoas específicas, cujos casos serão selecionados para testes, uma fase que Chhabria em sua decisão nesta quinta-feira chamou de "desafio assustador."

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade