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JPMorgan eleva estimativa de IPCA 2022 a 3,9% e fala em pressão maior nos preços

24 set 2021 - 16h33
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O JPMorgan revisou para cima várias de suas projeções para o IPCA, inclusive para o acumulado de 2021 e 2022, após a divulgação nesta sexta-feira de que o IPCA-15 de setembro foi o maior desde 1994.

Consumidores fazem compras em mercado de rua do Rio de Janeiro
02/09/2021
REUTERS/Ricardo Moraes
Consumidores fazem compras em mercado de rua do Rio de Janeiro 02/09/2021 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

"Mais uma vez, o IPCA-15 surpreendeu para cima. O IPCA-15 de setembro de hoje reforçou que as pressões permanecem em curso --em uma extensão ainda maior do que pensávamos", disseram em relatório Cassiana Fernandez (economista-chefe do banco no Brasil) e Vinicius Moreira (economista).

A estimativa para a inflação de 2022 foi elevada a 3,9%, de 3,7%, na esteira de efeitos inerciais. Mas o banco ponderou que esse número considera um cenário "mais favorável" com relação às crises de oferta de energia e água, com expectativa de que os níveis de chuva no ano que vem fiquem mais próximos da média histórica.

A meta de inflação de 2022 está em 3,50% e é a que o Banco Central ainda diz perseguir, com o alvo de 2021 (+3,75%) já sendo considerado perdido, já que as expectativas para os preços dispararam para a casa de 8% após vários choques e em meio à retomada na atividade econômica.

O JPMorgan espera agora IPCA de 8,4% em 2021, ante 7,9% do prognóstico anterior.

O número esperado para o IPCA de setembro foi elevado para 1,26% sobre agosto (1% na previsão anterior), o que levaria o índice em 12 meses para 10,4%.

"Ainda esperamos alguma desaceleração da inflação, mas menos do que antes, principalmente para outubro", disseram os economistas. A projeção do IPCA de outubro foi revisada de 0,47% para 0,62%.

"Ambas as nossas revisões de alta foram puxadas principalmente por renovadas pressões de bens duráveis (particularmente o complexo de veículos e peças), preços de alimentos frescos e passagens aéreas", disseram.

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