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IPCA-15: Brasil tem primeira deflação em 2 anos, mas queda fica abaixo do esperado

Analistas do mercado já esperavam uma deflação no IPCA-15 de agosto, mas a expectativa era de que a queda nos preços fosse maior

26 ago 2025 - 09h16
(atualizado às 11h43)
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Resumo
Brasil registra primeira deflação do IPCA-15 em dois anos, com queda de -0,14% em agosto influenciada por recuo na energia elétrica, mas resultado veio abaixo da expectativa do mercado.
om incorporação do Bônus de Itaipu, energia elétrica residencial cai 4,93% em agosto
om incorporação do Bônus de Itaipu, energia elétrica residencial cai 4,93% em agosto
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Brasil registrou a sua primeira queda de preços desde julho de 2023. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação, do mês de agosto foi de -0,14%, puxado pela redução na energia elétrica residencial.

Com isso, no ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,26% e, em 12 meses, 4,95%, abaixo dos 5,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Ainda assim, está acima do teto da meta da inflação, cujo centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Analistas do mercado já esperavam uma deflação no IPCA-15 de agosto, mas a expectativa era de que a queda nos preços fosse maior. Pesquisa da Reuters apontava para uma deflação de 0,23% no mês, chegando a uma alta de 4,88% em 12 meses.

Segundo o IBGE, o IPCA-15 divulgado nesta terça-feira, 26, foi o menor desde setembro de 2022 e a primeira queda desde julho de 2023. 

Habitação saiu de um aumento de 0,98% em julho para uma queda de 1,13% em agosto. O grupo foi influenciado pela energia elétrica, que recuou 4,93% em agosto, em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, apesar de estar em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos. Em julho, vigorava a bandeira tarifária vermelha patamar 1.

O grupo Alimentação e bebidas mostrou resultado negativo pelo terceiro mês consecutivo, com queda de 0,53% nos preços. A alimentação no domicílio recuou 1,02% em agosto, com destaque para as quedas da manga (-20,99%), da batata-inglesa (-18,77%), da cebola (-13,83%), do tomate (-7,71%), do arroz (-3,12%) e das carnes (-0,94%).

Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,71% em agosto, em virtude das altas no lanche (1,44%), segundo maior impacto positivo no índice (0,03 p.p.), e na refeição (0,40%).

Transportes saiu de 0,67% em julho para -0,47% em agosto. O resultado foi impulsionado pelas quedas nas passagens aéreas (-2,59%.), no automóvel novo (-1,32%) e na gasolina (-1,14%). No grupamento dos combustíveis (-1,18%), também recuaram o óleo diesel (-0,20%), o gás veicular (-0,25%) e o etanol (-1,98%).

Pelo lado das altas, o grupo Despesas pessoais acelerou de 0,25% em julho para 1,09% em agosto. Destaca-se o reajuste, vigente desde 9 de julho, nos jogos de azar (11,45%), subitem de maior impacto positivo em agosto.

Em Saúde e cuidados pessoais, o índice saiu de 0,21% para 0,64% entre julho e agosto. As maiores contribuições vieram dos itens de higiene pessoal (1,07%) e do plano de saúde (0,51%), que reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Já o grupo Educação variou 0,78% em agosto com a incorporação de reajustes nos cursos regulares (0,80%), principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,24%) e ensino fundamental (0,68%). A alta dos cursos diversos (0,93%) foi influenciada pelos cursos de idiomas (1,85%).

Regionalmente, São Paulo (0,13%) foi a única área com variação positiva, por conta das altas dos cursos regulares e da higiene pessoal. Já o menor resultado ocorreu em Belém (-0,61%), influenciada pela queda nos preços da energia elétrica e da gasolina.

Fonte: Redação Terra
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