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Haddad evita responder sobre decisão do Copom de reduzir Selic em 0,25 ponto: 'Depois eu comento'

Decisão do Banco Central interrompeu sequência de seis cortes consecutivos de 0,50 ponto porcentual; todos os quatro diretores indicados por Lula votaram por corte maior na taxa de juros

8 mai 2024 - 21h05
(atualizado em 9/5/2024 às 10h05)
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Fernando Haddad, ministro da Fazenda, não comentou decisão de corte menor na taxa de juros
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, não comentou decisão de corte menor na taxa de juros
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO / Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quarta-feira, 8, que não vai comentar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, interrompendo um ciclo de seis cortes consecutivos de 0,50 ponto. "Depois eu comento", disse.

A decisão foi dividida. Votaram por uma redução de 0,25 ponto porcentual os membros mais antigos do Copom, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro: o presidente do BC, Roberto Campos Neto, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. Já os indicados pelo governo Lula votaram por uma redução de 0,50 pp.: Ailton de Aquino, Gabriel Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira.

Nas redes sociais, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a decisão do Copom é um "crime contra o País". A deputada também chamou a diretoria do Banco Central de "bolsonarista", em referência aos diretores indicados pelo governo anterior, e criticou a autonomia da autarquia.

"É um crime contra o país a decisão do Copom, de cortar apenas 0,25 ponto da maior taxa de juros do planeta. Não há fundamento econômico para isso e houve divergência de quatro diretores nessa decisão", publicou Gleisi, no X (antigo Twitter). "A inflação está sob controle e em queda, o ambiente de investimentos melhora, os empregos também. O nome disso é sabotagem", emendou.

Aos jornalistas, Haddad esclareceu ainda que a reunião desta quarta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi para tratar de votações no Congresso. Ele disse que deve se reunir provavelmente nesta quinta com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A expectativa é de que Executivo e Congresso cheguem a um acordo envolvendo a desoneração dos 17 setores e dos municípios./Com Iander Porcella

Estadão
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