Governo Lula prevê salário mínimo de R$ 1.630 em 2026
O salário mínimo é base de uma série de pagamentos, como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê um salário mínimo de R$ 1.630 em 2026. A previsão consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado ao Congresso nesta terça-feira, 15. Se confirmado no futuro, representará um aumento de 7,38% em relação ao piso atual, que é de R$ 1.518.
O patamar final do salário mínimo para 2026 poderá ser alterado a depender do desempenho da inflação até o fechamento deste ano. A regra do salário mínimo continua sendo composta pela inflação e pela variação real de acordo com o PIB defasado em dois anos. Entretanto, o limite para esse crescimento real é a taxa de correção do limite de gastos (de 2,5%), conforme mudanças promovidas no âmbito do último pacote fiscal.
O salário mínimo é base de uma série de pagamentos, como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada. Por isso, o valor precisa constar nas propostas relacionadas ao orçamento.
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O índice de preços usado para corrigir o salário mínimo é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação percebida por famílias com renda de até cinco salários mínimos.
Cálculos mais otimistas
Embora o governo tenha enviado uma previsão de R$ 1.630, cálculos realizados por Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, indicam que o salário mínimo de 2026 pode alcançar R$ 1.636,40, o que representaria um aumento de R$ 118,40.
“Para 2026, estimamos que, com um INPC de 5,3% acumulado em 12 meses até novembro e uma variação real de 2,5%, o salário mínimo ficará em R$ 1.636,40”, prevê o economista.
PIB
Ao apresentar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a equipe econômica ainda previu uma trajetória com superávit primário de 0,5% do PIB em 2027, 1% do PIB em 2028 e 1,25% do PIB em 2029.
Pelos cálculos apresentados pela equipe econômica, a dívida bruta do governo seguirá em alta até 2028, quando atingirá 84,2% do PIB, iniciando uma trajetória de queda em 2029.
Em valores nominais, o compromisso do governo é de alcançar superávits de R$34,3 bilhões em 2026, R$73,4 bilhões em 2027, R$157,3 bilhões em 2028 e R$210,7 bilhões em 2029.