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Governo indiano oferece suspensão das reformas agrícolas; setor pode cancelar protestos

21 jan 2021 - 15h04
(atualizado às 15h40)
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O governo da Índia ofereceu na quarta-feira a suspensão da implementação de três novas leis agrícolas que desencadearam os maiores protestos de agricultores em anos, que, segundo líderes sindicais, há possibilidade de terminar.

Protesto de agricultores nos arredores de Nova Délhi, Índia 
07/01/2021
REUTERS/Adnan Abidi
Protesto de agricultores nos arredores de Nova Délhi, Índia 07/01/2021 REUTERS/Adnan Abidi
Foto: Reuters

A principal entrave da reforma, introduzida em setembro, permite que compradores privados negociem diretamente com os produtores.

Agricultores furiosos, que dizem que isso tornará os mercados atacadistas tradicionais da Índia irrelevantes e os deixará à mercê de grandes varejistas e processadores de alimentos, acamparam nas principais rodovias fora de Nova Délhi por mais de dois meses.

O ministro da Agricultura do país, Narendra Singh Tomar, disse que o governo está aberto a suspender as leis por até 18 meses, período durante o qual os representantes do governo e os agricultores devem trabalhar para "fornecer soluções" para a indústria.

As negociações bilaterais até agora não conseguiram resolver o impasse --colocando o primeiro-ministro Narendra Modi em um de seus desafios mais significativos desde que foi reeleito em 2019.

A próxima rodada de negociações está marcada para sexta-feira, e o líder rural Dharmendra Malik disse que os sindicatos informariam ao governo se aceitariam a oferta e cancelariam os protestos.

O governo foi "simpático às preocupações dos agricultores e está tentando acabar com o impasse", disse ele, agradecendo-os por manterem "paz e disciplina" durante os protestos.

Agricultores planejam um protesto de tratores em Nova Délhi em 26 de janeiro, Dia da República da Índia, que a Suprema Corte recusou na quarta-feira uma petição do governo para proibir.

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