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Governo dos EUA afirma que restrição a investimentos da China é mentira

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, e o diretor do Conselho de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, classificaram como falsos os rumores que EUA restringiriam investimento chinês no país

25 jun 2018 - 18h13
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Após jornais publicarem reportagens que apontavam que o presidente do país, Donald Trump, estava se preparando para anunciar restrições a investimentos da China em empresas americanas, o governo americano reagiu, classificando as notícias como falsas.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, respondeu aos rumores em sua conta no Twitter, em nome do presidente Trump.

"As histórias sobre restrições a investimentos na Bloomberg & (no) WSJ (Wall Street Journal) são falsas, fake news", escreveu. "O vazador (da informação) ou não existe ou não conhece o assunto muito bem."

Já o diretor do Conselho de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou nesta segunda-feira, 25, que o mercado está exagerando ao temer que o governo de Donald Trump restrinja o investimento estrangeiro como parte das ações comerciais contra a China e outros países. "Não temos planos para impor restrições ao investimento de quaisquer países que estejam interferindo de alguma forma contra o nosso país", disse Navarro.

Em entrevista à rede de TV americana CNBC, o assessor de Trump comentou que há uma interpretação errada sobre a política comercial do governo Trump. Para ele, os mercados responderam "muito positivamente" a sinais de que os EUA irá defender a propriedade intelectual. Além disso, Navarro comentou que a economia americana verá um crescimento de 4% chegando em breve.

Reportagem. De acordo com a reportagem do jornal britânico Financial Times, o escopo exato das medidas de restrição a investimentos chineses em empresas americanas ainda é alvo de discussões internas na Casa Branca. Trump designou o Departamento do Tesouro para redigir as restrições, que devem acompanhar a já anunciada tarifação extra sobre US$ 50 bilhões de produtos chineses.

A matéria do FT ressaltou ainda que não está claro se a restrição vai se aplicar aos investimentos chineses em fundos de capital de risco, que fornecem grande parte do capital inicial para startups de tecnologia dos EUA.

Segundo o relato, para impor a medida, a administração Trump deve invocar a Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência.

O ato, que data da década de 1970 e foi usado em sanções a países como a Coreia do Norte e o Irã, dá ao presidente amplo poder para decretar emergência econômica.

Estadão
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