Veja dicas para se proteger de golpes com o Pix nas compras de Natal!
Por ter se tornado uma modalidade popular de pagamento, muitos criminosos passaram a utilizar golpes com o Pix. Confira dicas para se proteger no Natal!
Com pouco mais de um ano de existência, o Pix, modalidade de pagamento instantâneo, se tornou a queridinha dos brasileiros.
Só em novembro deste ano, foram registradas mais de 360 milhões de chaves ativas em todo território nacional, segundo o Banco Central. A evidente aderência dos brasileiros ao modelo de pagamento se deve à rapidez da transação e gratuidade para pessoas físicas.
No final de novembro, foram liberadas duas novas modalidades: o Pix Saque e o Pix Troco. Ambas permitem que o usuário saque dinheiro fora do caixa eletrônico em estabelecimentos comerciais, mas a diferença é que o Pix Troco possibilita que seja feito durante o pagamento de alguma compra, pois o usuário faz um pix no valor da compra mais o valor do saque, enquanto no Pix Saque é somente o valor que deseja ter em mãos.
Por conta das facilidades, vários estabelecimentos dão vantagens para quem optar pelo pagamento via Pix, e a popularização do meio de pagamento é um atrativo para criminosos.
Ainda que o Banco Central tenha reduzido o limite das transações entre 20h e 6h e aos finais de semana depois de diversos casos de assaltos, não são poucas as pessoas que foram lesadas.
Segundo o Dfndr Lab, principal laboratório de cibersegurança da América Latina, no primeiro semestre de 2021 foram feitos mais de 2 milhões de registros de fraudes relacionadas a dados bancários.
Por isso, torna-se fundamental identificar golpes com o Pix. Confira algumas dicas de especialistas e saiba como se proteger para fazer suas compras de Natal e ter um final de ano mais tranquilo!
Cuidado com o falso comprovante de pagamento
Segundo Paulo Castro, co-fundador do Contbank, fintech especializada em PMEs, um dos golpes que mais afetam as empresas é quando um cliente envia um comprovante de transação falso.
Para isso, "é sempre necessário conferir no extrato da conta se o dinheiro realmente entrou. Como o pagamento é feito de maneira instantânea é possível olhar pelo próprio aplicativo bancário".
Fique atento aos golpes mais refinados
Apesar do tipo mais comum de golpes com o Pix ser através do relacionamento direto entre o criminoso e a vítima, há crimes que envolvem engenhosos esquemas hackers.
Segundo Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, empresa especializada em mineração de dados, um arquivo pode ser enviado por e-mail ou link suspeito e quando o usuário abre, um software espião é instalado no dispositivo sem que se perceba.
"Quando o aplicativo bancário é aberto, o malware captura todas as informações da pessoa. Pela facilidade do pix, é possível transferir toda a quantia da conta para o criminoso. O ideal é não clicar em nenhum link de origem duvidosa", afirma o especialista.
Verifique o CNPJ antes de fazer o pagamento
O Pix é uma forma de pagamento quase irreversível, por isso é importante verificar se o CNPJ da chave corresponde ao estabelecimento correto.
"Pesquise por referências na internet, em sites como o ReclameAQUI ou Consumidor.gov.br, verifique se o nome e CNPJ do recebedor do PIX é, de fato, a empresa de onde você está comprando e, sobretudo, desconfie de PIX para pessoas físicas e MEIs", alerta Ariane Pelicioli, CEO da iUPay.
Se comprar online, não pague fora da plataforma
Caso esteja comprando em uma loja online ou marketplace, é primordial que a compra seja finalizada no mesmo lugar, seja no site ou app. Desta forma, há garantia de ressarcimento caso a encomenda não chegue.
Se o vendedor pedir para finalizar a transação em outro ambiente ou para transferir o dinheiro, desconfie. "O Pix trouxe mais agilidade e inclusão para os variados tipos de usuários brasileiros. Em contrapartida, a facilidade também chega aos fraudadores, que agora têm mais uma ferramenta para alimentar seus esquemas fraudulentos, por isso, é preciso estar sempre atento" explica Ralf Germer, da PagBrasil, fintech brasileira de pagamentos em e-commerces.
Ative a autenticação de dois fatores
Outra maneira importante para evitar golpes com o Pix é cadastrando a autenticação de dois fatores. Este é um recurso disponível em vários aplicativos para reforçar a segurança do acesso.
Esta ferramenta funciona como uma camada extra de segurança. "Ao ativar a verificação em duas etapas, como um código de SMS ou PIN, o usuário precisa fornecer uma segunda informação após inserir login e senha, e só então terá acesso à conta. Isso dificulta que o perfil seja clonado. Além disso, em hipótese alguma, compartilhe as suas senhas, nem utilize o salvamento automático em serviços sensíveis de pagamento, a exemplo do home banking", destaca Andrew Martinez, da HackerSec, empresa referência em cibersegurança.
Desconfie de falsas centrais de atendimento telefônica de instituições financeiras
É notório que o Pix continua em evolução e novas funcionalidades são implementadas a todo momento. No entanto, é preciso ter cautela quando o assunto envolve transações financeiras. Aliada a tecnologia, as práticas de fraudes também estão se acentuando.
Muitas vezes, golpistas entram em contato por telefone ou WhatsApp se passando pela instituição financeira para ajudar a vítima a fazer o cadastramento da chave Pix, e induz a fazer uma transferência ou solicita informações sigilosas ao cliente.
"Sempre desconfie, afinal, o banco nunca solicitará dados pessoais ao cliente, seja por e-mail, telefone ou redes sociais. Caso tenha qualquer dúvida, é importante entrar em contato com seu banco", comenta Alberto André, líder da Plusdin.