Fabricante Lear declara concordata nos EUA e Canadá
A fabricante de autopeças Lear Corporation declarou nesta terça-feira concordata nos Estados Unidos e Canadá depois de seu plano de reestruturação ter sido aprovado por credores e detentores de bônus.
No último dia 1º, a Lear já tinha anunciado que planejava declarar concordata após alcançar um acordo provisório com a maioria dos membros dos comitês diretores de credores e detentores de bônus sobre a reestruturação de sua dívida. As subsidiárias da empresa fora dos EUA e do Canadá não estão incluídas na quebra.
O presidente da Lear, Bob Rossiter, expressou em um comunicado sua satisfação "com o sólido apoio proporcionado" pelos credores e detentores de bônus ao plano de reestruturação da dívida.
Rossiter acrescentou que planeja sair da concordata rapidamente e que apresentará ao tribunal seu plano de reestruturação em 60 dias.
Durante o processo de quebra, a empresa receberá US$ 500 milhões de um grupo de instituições financeiras para seguir operando. A Lear diz que tem US$ 1,27 bilhão em ativos e US$ 4,5 bilhões em dívidas.
Os principais credores são instituições financeiras que emprestaram US$ 1,3 bilhão à fabricante de autopeças.
Em comunicado, a companhia relata que solicitou ao Tribunal de Quebras de Nova York permissão para continuar pagando salários e prestações a seus empregados no mundo todo, assim como manter o financiamento de suas obrigações com aposentados nos EUA e Canadá.
A Lear tem mais de 70 mil funcionários no mundo todo, dos quais quase seis mil estão nos EUA e Canadá, além de 210 instalações em 36 países.
Em 2008, a companhia teve receitas US$ 13,6 bilhões principalmente por causa da venda de assentos para veículos e de equipamentos eletrônicos. A companhia produz componentes para a produção de 42 mil veículos por dia em todo o mundo.