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Envelhecimento da população pede transição mais rápida, diz secretário de Previdência

Segundo Leonardo Rolim, número de aposentados no País vai triplicar até 2060; a transição da proposta de reforma apresentada nesta quarta-feira dura 12 anos

20 fev 2019 - 12h28
(atualizado às 15h28)
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BRASÍLIA - O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, ressaltou que o Brasil está passando por uma transição demográfica muito rápida em razão do envelhecimento da população e da queda da taxa de fecundidade. "Por isso, também precisamos fazer transição (das regras) mais rápida", afirmou. A transição da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo nesta quarta-feira, 20, dura 12 anos.

Rolim traçou um diagnóstico dramático, segundo o qual o número de aposentados vai triplicar até 2060. "Mesmo se não houvesse déficit hoje, no futuro, o sistema atual é inviável", afirmou.

O secretário informou ainda que o importante para efeitos previdenciários é a expectativa de sobrevida aos 65 anos, e não a expectativa de vida ao nascer. "Que bom que estamos vivendo mais, mas isso tem custo", disse.

Segundo secretário, hoje o déficit da Previdência rural é maior, mas logo o regime urbano deve superar esse rombo devido ao envelhecimento da população. "O sistema hoje já não é sustentável. Imagina quando as pessoas que entraram no mercado de trabalho forem se aposentar", disse.

Ele ressaltou ainda que, no regime próprio de servidores, o número de pessoas é muito menor para um déficit "proporcionalmente muito grande". "As regras de aposentadoria são muito mais benevolentes", disse.

"Um dos princípios da Nova Previdência é Previdência justa. Obviamente precisamos ter regra de transição. Se tiver benefício maior, vai pagar mais, mas o objetivo é ter regras iguais para todos após transição", afirmou.

Rolim lembrou ainda que a maioria dos beneficiários da Previdência recebe até dois salários mínimos e destacou que esse público terá redução nas alíquotas de contribuição, de 8% para 7,5%.

Estadão
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