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Dólar sobe com percepção de abrandamento de guerra comercial

28 jun 2018 - 15h55
(atualizado em 2/7/2018 às 15h06)
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O dólar subiu ante as principais moedas e parte das emergentes na sessão desta quinta-feira, 28, influenciado pela percepção dos investidores de abrandamento do conflito comercial entre Estados Unidos e China. Perto do horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia para 110,54 ienes e 28,0163 pesos argentinos, enquanto o euro recuava para US$ 1,1563 e a libra baixava para US$ 1,3074. Ao longo da sessão, os investidores de dívida pública americana passaram a ponderar o fluxo de notícias vindas da guerra comercial entre EUA e China. O diretor do Conselho de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou nesta quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está tentando "nivelar o campo de jogo" com a China e que deixou claro que é a favor do "livre-comércio", embora queira relações comerciais mais justas. Durante a tarde, o próprio Trump se mostrou menos belicoso que o de costume. Ele não se furtou a percorrer a lista dos alvos preferidos de suas críticas. "Tenho muito respeito pela China, mas perdemos US$ 500 bilhões anuais (em déficit comercial) nos últimos anos. Ajudamos a reconstruir a China. Algum dia eles dirão 'obrigado'", previu. O republicano afirmou também que a União Europeia procurou o seu governo para conversar sobre as relações comerciais entre as duas partes. Essa percepção fez com que o dólar voltasse a se fortalecer, depois do baque da revisão de 2,2% para 2,0% da taxa de crescimento anualizada nos EUA no primeiro trimestre. A percepção dos agentes é que, caso a tensão comercial diminua, a economia americana pode ter aceleração de crescimento. Entre os emergentes, destaque para a desvalorização do peso argentino. Mesmo com o Banco Central da República Argentina (BCRA) ampliando de US$ 100 milhões para US$ 150 milhões o montante de moeda vendido no mercado hoje, a divisa americana seguiu a tendência de alta global e se aproximou da máxima histórica (28,40 pesos argentinos), atingida em 15 de junho. Uma das exceções de baixa do dólar hoje foi em relação à divisa do México, onde os investidores realizaram lucros às vésperas da eleição presidencial de domingo. A moeda americana estava cotada no final da tarde em baixa a 19,7421 pesos. Ainda que o favorito a vencer, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, obtenha êxito, analistas veem que ele não deve colocar em marcha uma ruptura da política econômica.

Estadão
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