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Dólar recua ante real à espera de desfecho de encontro do Fed

21 mar 2018 - 12h21
(atualizado em 22/3/2018 às 20h19)
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O dólar operava em baixa ante o real nesta quarta-feira, depois de ter ido a 3,30 reais na véspera, em compasso de espera pelo desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, com expectativa de alta da taxa de juros norte-americana e orientação sobre quantos aumentos mais esperar este ano.

Notas de reais e dólares em uma casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares em uma casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 12:16, o dólar caía 0,69 por cento, a 3,2857 reais, depois de subir na véspera para o maior patamar do ano, a 3,3084 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,55 por cento.

"Razoável conforto com a reunião do Fomc que vai elevar (o juro) para o teto de 1,75 por cento. As dúvidas residem na estreia de Jerome Powell no comando do comitê", afirmou o economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, em relatório.

Após comandar sua primeira reunião de política monetária como chairman do Fed, Jerome Powell falará à imprensa meia hora depois da divulgação do comunicado da decisão, às 15h (horário de Brasília).

O mercado precificava que o banco central dos Estados Unidos elevará os juros pela primeira vez neste ano agora e buscará orientação sobre quantos aumentos mais esperar este ano. Em dezembro, o Fed projetava três altas de juros em 2018.

Recente pesquisa feita pela Reuters com economistas apurou que os economistas esperavam quatro altas de juros em 2018, sendo que o levantamento anterior indicava apenas três aumentos durante todo o ano.

No exterior, o dólar recuava ante a cesta de moedas, conforme operadores realizavam lucros antes da decisão do Fed. O dólar também cedia ante a maioria das divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Internamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) seguia no foco dos investidores, diante da possibilidade de mudar o entendimento sobre prisão de condenado após esgotados os recursos na segunda instância.

Para o mercado, se mudar esse entendimento, reduz a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser preso e, assim, não concorrer à Presidência neste ano. Lula foi condenado em segunda instância e, agora, espera o resultado dos recursos.

O ex-presidente é visto pelos mercados como um político menos comprometido com o ajuste fiscal, considerado importante para colocar as contas públicas do país em ordem.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril. Dessa forma, já rolou 5,6 bilhões de dólares do total de 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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