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Dólar cai pelo 5º dia e fecha aos R$5,29, com corte iminente de juros nos EUA e fala de Haddad

Moeda norte-americana fechou no menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando encerrou em R$ 5,24

16 set 2025 - 17h11
(atualizado às 17h41)
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Resumo
O dólar fechou em R$5,29, registrando a quinta queda consecutiva devido à expectativa de cortes de juros nos EUA e ao compromisso fiscal reafirmado pelo ministro Fernando Haddad.
Imagem ilustrativa de notas de dólar
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic
Imagem ilustrativa de notas de dólar 17/07/2022 REUTERS/Dado Ruvic
Foto: Reuters

O dólar recuou pela quinta sessão consecutiva no Brasil e encerrou a terça-feira abaixo dos R$5,30, o que não ocorria desde junho de 2024, com as cotações refletindo a expectativa pelo corte iminente de juros nos EUA e fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmando o compromisso do governo com as metas fiscais.

Em um dia de queda firme do dólar também no exterior, a moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,44%, aos R$5,2987 -- menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando fechou em R$5,2493. Desde esta data a divisa não encerrava abaixo dos R$5,30.

Em 2025, o dólar acumula queda de 14,25%.

Às 17h05 na B3 o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,46%, aos R$5,3150.

A moeda norte-americana cedeu durante praticamente todo o dia no Brasil, acompanhando a queda firme das cotações no exterior, com os agentes à espera de um corte de juros de pelo menos 25 pontos-base pelo Federal Reserve na quarta-feira.

"O principal fator (para a queda do dólar) é a maior chance de haver três quedas ao longo deste ano na taxa de juros lá fora. Até abril, a gente tinha a expectativa de que (a taxa) fosse cair, mas isso demorou mais que o esperado", comentou durante a tarde Nicolas Gomes, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. "E toda a expectativa acumulada de queda de juros está se consolidando agora", acrescentou.

No caso do Brasil, a perspectiva de que o Banco Central mantenha a taxa básica Selic em 15% pelo menos até o início de 2026 reforçava a leitura de que o país seguirá atrativo ao capital internacional, o que pesava sobre as cotações.

O movimento se intensificou ainda pela manhã, após Haddad afirmar em evento promovido pelo grupo financeiro J. Safra que o governo pretende cumprir as metas fiscais de 2025 e 2026, acrescentando que para isso depende da "compreensão" do Congresso Nacional.

O ministro disse ainda que negociou com lideranças da Câmara o andamento de projetos para compor o Orçamento de 2026. As metas do governo são de resultado primário zero em 2025 e superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026 -- nos dois casos há uma tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos.

Em meio aos comentários de Haddad, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) migraram para o território negativo e o dólar foi cotado pela primeira vez no dia abaixo dos R$5,30 perto das 10h.

À tarde, às 14h30, a moeda norte-americana à vista atingiu a cotação mínima intradia de R$5,2920 (-0,56%), para depois encerrar um pouco acima deste patamar.

Nas últimas cinco sessões, o dólar acumulou queda de 2,53% ante o real, acompanhando o recuo da divisa no exterior em função da expectativa de cortes de juros pelo Fed.

O fato de os Estados Unidos, pelo menos por enquanto, não ter anunciado novas medidas de retaliação ao Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado pavimentou o caminho para um dólar mais próximo de R$5,30 que de R$5,40.

No exterior, às 17h13, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,70%, a 96,671.

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