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Do zero à mídia programática com creators

1 ago 2025 - 06h09
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Resumo
O artigo aborda a evolução do marketing de influência para mídia programática, destacando a necessidade de tecnologia real, operação automatizada e valorização dos criadores, alertando para promessas superficiais que enfraquecem o setor.
Foto: Divulgação

Nos últimos meses, algo curioso vem acontecendo no mercado: um número crescente de plataformas, agências de influência e até as mais tradicionais de publicidade parecem ter virado “tech company” da noite para o dia. De repente, todo mundo tem “plataforma proprietária”, “inteligência artificial”, “dados em tempo real” e “escala programática”.

Temos visto cada vez mais empresas seguirem nessa direção que, lá atrás, a BrandLovers tomou ao lançar o Creator Ads. E isso é excelente! Demonstra que a mudança que encabeçamos no setor era mesmo necessária, afinal, a mídia de influência sempre foi um canal poderoso, mas historicamente subutilizado. Ao ser tratada como mídia de verdade, ganha potência e escala.

Contudo, por mais positiva que seja, essa “onda de transformação” também acende um alerta: quando todo mundo diz ter a mesma coisa, a diferenciação se dilui e o mercado começa a confundir o que é real com o que é só discurso bem embalado.

E quando isso acontece, o impacto é coletivo. Não é sobre uma empresa perder protagonismo. É sobre criadores de conteúdo sendo mal remunerados por sistemas ineficientes. É sobre clientes investindo em soluções infladas, que prometem escala, mas não entregam performance. É sobre o marketing de influência — como canal, como disciplina, como mercado — se enfraquecer por conta de promessas vazias.

Por isso, já que tanta gente parece querer seguir o mesmo caminho, resolvi facilitar. Afinal, se a ideia é construir soluções programáticas com creators, que seja com consistência, clareza e profundidade.

Guia básico para replicar uma plataforma de mídia programática com creators

1. Comece com tecnologia de verdade, não só no discurso

Dizer que tem IA não significa que ela exista. Inteligência artificial aplicada de verdade ao marketing de influência opera em múltiplas frentes: seleção de creators, recomendação baseada em dados, análise de conteúdo, controle de brand safety, previsão de performance e automação financeira. Tudo isso de forma integrada, em tempo real, sem precisar de força humana para fazer o trabalho pesado por trás.

2. Vá além do cadastro: automatize toda a operação

Se você criou um app bonito onde creators podem preencher seu perfil, preciso contar que esse é só o começo. A automação precisa cobrir o ciclo completo do trabalho do criador de conteúdo, indo do briefing ao contrato digital, da revisão automatizada de conteúdo ao relatório dinâmico, e por aí vai. Se você ainda depende de time manual para rodar as campanhas, o modelo não é programático, é operacional, e tudo bem, só não se esqueça de ajustar a nomenclatura.

3. Escale de verdade (e sem travar)

Mídia programática não é sinônimo de “temos muitos creators cadastrados”. É conseguir rodar campanhas com 5 mil, 8 mil, 10 mil criadores simultaneamente, com consistência, controle e resultado. Sem travar, sem perder qualidade, sem depender de um exército de atendimento.

4. Entenda que o creator é um ativo estratégico e o trate como tal

A Creator Economy não funciona se o criador não for respeitado como peça central desse ecossistema. Na prática, isso significa que a sua plataforma precisa fornecer previsibilidade de pagamento, contratos justos, fluxos simples e ferramentas que permitam que ele foque no que faz de melhor: criar. Não dá mais pra tratar creator como um “canal barato”. 

5. Invista em tecnologia de ponta. Mas invista de verdade

Transformar mídia de influência em mídia programática exige anos de desenvolvimento, testes, falhas e reconstruções. Não se faz com software house terceirizada e pitch bem ensaiado. Exige repertório, conhecimento, equipe técnica de ponta e muita, muita persistência.

A transformação que começamos está em curso e isso nos orgulha. Acreditamos que quanto mais empresas seguirem essa jornada, melhor para todos os envolvidos: anunciantes, creators e o próprio setor. Contudo, abrir caminho também traz a responsabilidade de zelar pelo que vem depois.

Não se trata de proteger território, mas de proteger a integridade de um modelo que só funciona quando é levado a sério. E a influência do futuro — se quiser existir — precisa ser construída com tecnologia de verdade, operando com profundidade, inteligência e escala.

Não dá mais para aceitar tentativas mal feitas, baseadas apenas em aparências, como se fossem inovação.

(*) Rapha Avellar é CEO e fundador da BrandLovers.

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