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Desemprego no Brasil cai a 4,9% e é recorde para abril

Resultado é o menor desde janeiro, quando a taxa de desemprego atingiu 4,8%

22 mai 2014 - 09h28
(atualizado às 10h21)
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A taxa de desemprego do Brasil recuou a 4,9% em abril, recorde para esse mes, devido à menor procura por vagas, ao mesmo tempo em que a renda média da população caiu.

Uma mulher que procura um emprego fala um representante em uma feira de carreiras da área de saúde, em Denver. O número de norte-americanos que entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente e atingiu nova mínima em três meses na semana passada, sugerindo um fortalecimento nas condições do mercado de trabalho. 09/04/2013
Uma mulher que procura um emprego fala um representante em uma feira de carreiras da área de saúde, em Denver. O número de norte-americanos que entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente e atingiu nova mínima em três meses na semana passada, sugerindo um fortalecimento nas condições do mercado de trabalho. 09/04/2013
Foto: Rick Wilking / Reuters

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O número divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava 5,2%.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) mostrou aumento do desemprego brasileiro em janeiro e fevereiro depois de atingir a mínima histórica de 4,3% em dezembro de 2013. Mas, em março, interrompeu essa tendência ao cair a 5%, num movimento que já mostrava menos pessoas saindo em busca de colocação.

"Percebemos que o que vem trazendo para baixo a taxa de desemprego é a população desocupada, que expressa a menor procura", destacou a técnica do IBGE Adriana Beringuy.

Segundo o IBGE, a população desocupada caiu 3,3% ante março, chegando a 1,173 milhão de pessoas, com queda de 17% sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.

Já a população ocupada cresceu 0,1% em abril tanto na comparação mensal quanto anual, totalizando 22,941 milhões de pessoas.

"A ocupação não tem apresentado movimentos para expandir e absorver empregados como se viu no passado. Hoje há um cenário de estabilidade na geração de vagas", acrescentou a técnica.

O IBGE informou ainda que o rendimento médio da população caiu 0,6% no mês passado sobre março, e subiu 2,6% sobre um ano antes, atingindo R$ 2.028.

A taxa de desemprego continua em níveis baixos num cenário de inflação alta e juros elevados, que encarecem o crédito e o consumo. Além disso, a atividade econômica continua sem dar sinais consistentes de recuperação, num momento em que a presidente Dilma Rousseff vai tentar a reeleição.

Apesar de ainda robusto, o mercado de trabalho vem perdendo força nos último meses. Na véspera, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que abril teve a pior criação de vagas para esse período desde 1999, com abertura de 105.384 vagas formais de trabalho.O IBGE trabalha para substituir a PME por uma pesquisa mais abrangente, chamada de PNAD Contínua. Depois de adiar a publicação de seus resultados, o instituto decidiu manter a divulgação da pesquisa e os dados do primeiro trimestre de 2014 devem ser informados em 3 de junho.

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