Confiança de serviços avança em outubro, mostra FGV
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil mostrou melhora em outubro pela quarta vez seguida e chegou ao nível mais alto em três anos, informou nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O ICS registrou alta de 2,2 pontos neste mês e foi a 87,8 pontos, informou a FGV, patamar mais elevado desde outubro de 2014
"A alta da confiança de serviços em outubro tem como principal marca o elevado grau de disseminação do bom desempenho entre os setores", explicou em nota o consultor do FGV/IBRE Silvio Sales.
Segundo ele, a melhora do ambiente de negócios é perceptível em aspectos como o ímpeto de emprego e o nível de utilização da capacidade instalada, avaliando que "esse padrão de melhora generalizada na percepção empresarial deve se sustentar nos próximos meses, salvo a ocorrência de algum fato impactante vindo do campo político".
A alta foi resultado da melhora tanto da avaliação da situação atual quanto das expectativas, com melhora da confiança em 9 das 13 principais atividades pesquisadas.
O Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 2,3 pontos e foi a 83,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 2,1 pontos e chegou a 92,0 pontos.
A FGV informou também que a confiança da indústria brasileira avançou em outubro e chegou ao melhor patamar desde abril de 2014.
Confiança empresarial
A confiança aumentou para empresários de nove das 13 principais atividades pesquisadas. Eles estão mais confiantes quanto ao presente porque o Índice da Situação Atual cresceu 2,3 pontos e também quanto ao futuro porque o Índice de Expectativas aumentou 2,1 pontos.
O Indicador de Tendência do Emprego no Setor para os próximos meses ficou em 101,3 pontos em outubro, ultrapassando a barreira dos 100 pontos pela primeira vez em 34 meses. As empresas que planejam contratações (16,5%) superam as que tencionam cortes (14,5%).
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor de serviços chegou a 83% em outubro, avançando 1,5 ponto percentual sobre setembro e alcançando o seu maior valor desde janeiro de 2016.
De acordo com a FGV, os empresários têm agora uma leitura mais favorável sobre o ambiente de negócios e o padrão de melhora generalizada na percepção empresarial "deve se sustentar nos próximos meses, salvo a ocorrência de algum fato impactante vindo do campo político".
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