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Cielo tem resultado do 2º tri abaixo das previsões

23 jul 2019 - 19h14
(atualizado às 20h19)
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A Cielo voltou a acusar os efeitos da crescente concorrência no mercado de meios de pagamentos no Brasil com uma nova rodada de lucro e receitas cadentes no segundo trimestre.

Funcionária de loja passa cartão em máquina de pagamento
11/12/2012 REUTERS/Tim Wimborne
Funcionária de loja passa cartão em máquina de pagamento 11/12/2012 REUTERS/Tim Wimborne
Foto: Reuters

A líder em adquirência de cartões no país anunciou nesta terça-feira que seu lucro do período somou 431,2 milhões de reais, queda de 33,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O número também veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 492 milhões de reais.

Apesar do aumento de 8,9% do volume financeiro capturado por seus terminais de pagamentos e de 14,4% da base de clientes, para 1,4 milhão, ambas no comparativo anual, a receita líquida encolheu 4,4%, para 2,8 bilhões de reais, "refletindo a adequação da precificação em face da intensificação do ambiente competitivo", afirmou a companhia no relatório de resultados.

Além disso, a receita da companhia com antecipação de recebíveis caiu 28,7% sobre o segundo trimestre de 2018, para 289 milhões de reais.

Assim, o resultado medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), somou 748,7 milhões de reais, recuo de 34,7% no comparativo anual e menor do a previsão dos analistas, de 901,5 milhões de reais.

A margem Ebitda da Cielo, de 26,7%, mostrou uma queda de 12,4 pontos percentuais no comparativo ano a ano e de 2,8 pontos na base sequencial.

Na outra ponta, o custo dos serviços prestados avançou 7% contra um ano antes, a 581,4 milhões de reais, enquanto as despesas operacionais, de 369,5 milhões de reais, tiveram um aumento de 27,2% também na comparação anual.

Ainda assim, a Cielo afirmou que seus resultados são os primeiros sinais de que ela entrou "novamente no trilho do crescimento e da manutenção da liderança no setor de meios de pagamento no Brasil e na América Latina".

Em maio, a Cielo desistiu da projeção de lucro para 2019 e reduziu fortemente a remuneração que distribuirá a acionistas, num dos mais recentes capítulos no cenário competitivo no mercado de pagamentos do país que a tornou o principal alvo das rivais.

A ação da Cielo caiu 3,57% na sessão desta terça-feira da B3. No ano, o papel acumula desvalorização de 20%.

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