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Caso de "vaca louca": secretaria do PR diz que não há risco

7 dez 2012 - 13h30
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Um caso não clássico da chamada doença da vaca louca foi detectado em uma propriedade rural da cidade de Sertanópolis, na região norte do Paraná. Mas, de acordo com o Ministério da Agricultura e a Secretaria de Estado da Agricultura, o animal tinha a proteína que pode causar a doença, mas não manifestou os sintomas da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o nome oficial da enfermidade. De acordo com a secretaria, não há risco à saúde pública" e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) continua classificando o Brasil como país com risco insignificante para a doença.

Segundo o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, em dezembro de 2010 uma criadora de Sertanópolis procurou o serviço de defesa animal do Estado sobre a suspeita de raiva bovina em um animal. Houve uma avaliação técnica que não detectou a doença. Dias depois, o animal teve uma morte súbita. "Como praxe no serviço de vigilância, o serviço de defesa coletou material e apurou negativo para raiva. Dentro do protocolo, encaminhamos dois diasdepois para laboratório do Instituto Mineiro de Agropecuária e deu negativo também", relata.

O material da vaca morta também foi levado ao laboratório do Ministério da Agricultura, onde o resultado deu negativo para raiva bovina. O material foi então encaminhado para um laboratório de referência em saúde animal, na Inglaterra. "Ontem, o Ministério da Agricultura foi informado sobre o resultado, um caso não clássico da chamada doença da vaca louca. O animal não morreu em virtude da doença. Quando tem, a vaca sofre para morrer", explicou Ortigara. Não há conclusão sobre a causa da morte do animal. Mas foi ressaltado que foi descartada a possibilidade da morte pelas consequências da doença.

"Queremos tranquilizar criadores e toda a cadeia da carne. O Brasil não tem a doença. Não reflete nenhum risco à saúde publica. Este tipo de ocorrência é frequente em toda a parte do mundo", comentou o secretário. Segundo o órgão paranaense, somente neste ano houve seis casos da mesma natureza encaminhados à OIE, provenientes da União Europeia.

"Seria muito ruim se fosse a doença clássica ou se fosse um laudo sem conclusão porque ficaria sob a dúvida. Não temos nenhum motivo para alarde", declara Ortigara. De acordo com ele, não será necessário intensificar os protocolos e fiscalizações já existentes.

Fonte: Especial para o Terra
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