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Bradesco não espera medidas artificiais de Lula para baixar juros, diz vice-presidente

19 ago 2022 - 16h24
(atualizado às 17h19)
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O vice-presidente financeiro do Bradesco, André Cano, afirmou nesta sexta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas na corrida pelo Planalto, é pragmático e que não espera que em um eventual novo governo petista "medidas artificiais" sejam tomadas para baixar os juros cobrados pelos bancos no país.

Agência do Bradesco no Rio de Janeiro
26/07/2018
REUTERS/Sergio Moraes.
Agência do Bradesco no Rio de Janeiro 26/07/2018 REUTERS/Sergio Moraes.
Foto: Reuters

"Se a gente olhar no próprio governo Lula, isso não aconteceu. Aconteceu talvez mais no segundo governo da Dilma", disse Cano a jornalistas em São Paulo, onde participou de um seminário organizado pelo think tank empresarial Esfera. "Lula foi durante o governo uma pessoa muito pragmática. Caso ele venha a ser eleito, não deve ter mudança em relação ao que fez no passado", disse.

O executivo disse não ter preocupação quanto ao desejo de Lula de retomar o protagonismo dos bancos públicos --o petista prometeu "enquadrar" o Banco do Brasil em discurso nesta semana.

"A gente não tem preocupação quanto a isso. Tem muita retórica sempre. O papel dos bancos públicos está muito claro no país e acho que está muito claro também que não adianta qualquer movimento artificial para derrubar custos financeiros. A gente precisa de uma reforma muito mais ampla, inclusive tributária, para trazer esses custos para baixo", afirmou.

Para Cano, seja qual for o desfecho da eleição, com Lula ou Bolsonaro, não haverá surpresas na economia porque os dois já governaram e têm linhas de atuação conhecidas. "Independentemente de quem for eleito, o país tem uma rota muito certa de avanço pela frente."

Cano defendeu o apoio da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ao manifesto pró-democracia e urnas eletrônicas. Descartou um risco de ruptura democrática ou tumulto político no pós-eleição nos moldes dos Estados Unidos, onde o ex-presidente Donald Trump contestou os resultados eleitorais e houve o ataque ao Capitólio, em Washington, por partidiários do republicano. "Qualquer tentativa que venha eventualmente a acontecer (promovida) por um desavisado não vai ter qualquer eco", disse Cano.

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