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BOVESPA-Índice fecha em queda com aversão a risco após ameaças de Trump sobre China

6 mai 2019 - 17h06
(atualizado às 18h02)
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O Ibovespa fechou em queda de cerca de 1 por cento nesta segunda-feira, pressionado pelo viés negativo no exterior, após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencorajarem apostas positivas sobre o desfecho das negociações comerciais entre Washington e Pequim.

Bolsa de Valores de São Paulo 
24/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Bolsa de Valores de São Paulo 24/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,04 por cento, a 95.008,66 pontos. O volume financeiro somava 9,68 bilhões e reais.

Donald Trump elevou de forma enfática a pressão sobre a China no domingo para alcançar um acordo comercial ao anunciar que irá deliberadamente aumentar as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses, em anúncio que levantou dúvidas sobre apostas anteriores de um acordo próximo entre os países.

"Se há uma coisa que os mercados não gostam, é o inesperado e o tuíte de Trump pegou os mercados completamente desprevenidos", afirmou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group.

Nesta segunda-feira, Trump pareceu defender sua declaração da véspera, citando o déficit comercial entre EUA e China. "Desculpe, não vamos mais fazer isso!", disse o presidente norte-americano no Twitter. Ainda assim, há expectativa de que as negociações comerciais entre os gigantes econômicos continuem.

Conforme destacou a equipe da XP em nota mais cedo, se as negociações de fato forem canceladas, a probabilidade de um aumento nas tarifas aumentou, o que pode levar a uma desaceleração no crescimento mundial.

No cenário brasileiro, uma bateria de balanços corporativos, entre eles os resultados das gigantes Petrobras e Vale, dividem a atenção de agentes financeiros nos próximos dias com o começo da análise da proposta de reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados a partir de terça-feira.

DESTAQUES

- BRADESCO PN fechou em baixa de 2,7 por cento, em sessão negativa para bancos como um todo. Antes da abertura, o segundo maior banco privado do país anunciou acordo para aquisição do norte-americano BAC Florida Bank por cerca de 500 milhões dólares, no primeiro movimento do Bradesco de aquisição fora do Brasil. BRADESCO ON recuou 3,25 por cento. No setor, o rival ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 2,2 por cento.

- VALE recuou 1,5 por cento, contaminada pela aversão a risco no exterior em meio à guinada nas negociações comerciais entre Washington e Pequim. A mineradora substituiu o presidente de seu conselho de administração na última semana, com o cargo sendo assumido por José Maurício Pereira Coelho, presidente da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

- PETROBRAS PN fechou em baixa de 0,3 por cento, contaminada pela aversão a risco, mas com a pressão de baixa atenuada pela melhora do petróleo no exterior.

- MAGAZINE LUIZA valorizou-se 2 por cento, antes da divulgação do balanço prevista para após o fechamento do mercado. Para a equipe do Brasil Plural, o resultado do primeiro trimestre do Magazine Luiza não deve impressionar, com o forte crescimento das receitas sendo compensado pela continuação de sua agenda de investimentos. No setor, B2W subiu 1,8 por cento e VIA VAREJO avançou 0,9 por cento.

- AZUL PN encerrou em baixa de 3 por cento, entre as maiores quedas, na estreia no Ibovespa nesta segunda-feira, assim como IRB Brasil, que recuou 1,6 por cento. No caso da Azul, a companhia aérea ainda tinha de pano de fundo a alta do dólar e a suspensão do leilão de ativos da concorrente Avianca Brasil. GOL PN cedeu 1,65 por cento.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em

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(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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