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Bolsonaro dirige ônibus elétrico a caminho do Planalto, com ministros como passageiros

Eles afirmaram que a adoção da tecnologia tem o potencial de baratear o preço do transporte coletivo; os dois receberam Palácio da Alvorada representantes da Marcopolo, empresa do setor que apresentou um protótipo

29 nov 2021 - 11h11
(atualizado às 13h02)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro dirigiu um ônibus elétrico do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, até o Palácio do Planalto, onde despacha, trajeto de cerca de 4 quilômetros. Entre os passageiros estavam os ministros Paulo Guedes (Economia), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

O Estadão/Broadcast questionou formalmente a Secretaria de Comunicação da Presidência se o presidente tem carteira de motorista categoria D, que permite permite levar mais de oito passageiros. Até a publicação deste textos não houve resposta.

Bolsonaro e Guedes afirmaram que a adoção de ônibus elétricos no País tem o potencial de baratear o preço do transporte coletivo. As falas vieram após os dois receberem hoje no Palácio da Alvorada (residência oficial da Presidência), fora da agenda oficial, representantes da Marcopolo, empresa do setor que apresentou ao governo justamente um protótipo da tecnologia.

Na avaliação de Guedes, o ônibus elétrico da Marcopolo é uma "celebração do empreendedorismo brasileiro". "É o Brasil reagindo com uma tecnologia verde para tentar justamente derrubar o preço do transporte público de massa", declarou o ministro, mesmo após citar um salto nos preços da energia elétrica no mundo inteiro.

Bolsonaro foi além e associou a iniciativa ao valor dos combustíveis, hoje em disparada. "Os preços dos combustíveis estão altos no Brasil, as causas disso são algumas. Isso aqui [ônibus elétrico] vem então para nos ajudar", disse. O presidente também elogiou o projeto de ônibus elétrico da Marcopolo. "É um protótipo. Ainda, obviamente, custa caro, mas a tendência é baixar o preço".

A Secretaria Especial de Comunicação (Secom) somente avisou a imprensa de que o presidente utilizaria a rampa do Planalto minutos antes da chegada de Bolsonaro e ainda não explicou o porquê da decisão.

A agenda oficial do chefe do Executivo não prevê reuniões com os ministros nesta segunda-feira, 29. Teoricamente, o primeiro compromisso do dia seria um encontro com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, às 11h30. Entre os titulares da Esplanada, só Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, tem agenda divulgada com Bolsonaro, às 16 horas.

Tampouco a agenda de Guedes informa a reunião com o presidente. De acordo com o documento, ele teria hoje um despacho com o secretário Especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, às 10h15, na sede do Ministério da Economia. A pasta ainda não deu detalhes sobre a chegada de Guedes ao Planalto junto a Bolsonaro em um ônibus elétrico.

Estadão
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