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Bolsonaro defende aprovação de idade mínima e indica que pode usar proposta de Temer

5 dez 2018 - 14h49
(atualizado às 15h31)
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O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a prioridade do governo será aprovar a idade mínima para a aposentadoria, com a possibilidade de aproveitar a atual proposta que já tramita no Congresso nesse sentido, e acrescentou que pretende que o restante da reforma da Previdência comece a ser votado em até seis meses.

Presidente eleito Jair Bolsonaro
01/12/2018
REUTERS/Paulo Whitaker
Presidente eleito Jair Bolsonaro 01/12/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

"Não adianta apresentar uma boa proposta e ela acabar ficando na Câmara o no Senado, é o pior dos quadros possíveis. O grande problema nosso, o que mais interessa no primeiro momento, é idade mínima, então vamos começar come essa, depois apresentar outras propostas", afirmou. "A proposta que está aí ela está andando, se pode mover apenas a idade mínima."

Bolsonaro disse que conversou com a equipe econômica sobre a tramitação da reforma previdenciária.

Segundo o presidente eleito, usar a proposta atual economizaria tempo porque não seria necessário passar por todo o tempo de tramitação da matéria no Congresso. O projeto atual fala em 65 anos de idade mínima para aposentaria de homens e 62 para mulheres.

Bolsonaro disse ainda que pretende fazer novas mudanças na reforma trabalhista porque "existem direitos demais", mas não deu detalhes do que mais pretende mudar. Questionado ainda sobre reforma tributária, afirmou que essa era uma pergunta que devia ser feita ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse não importar se a prioridade seria privatizações ou reformas.

"A ordem dos fatores não altera o produto. O que falei com equipe econômica o que queremos é um juro mais baixo uma inflação dentro dos limites, queremos aquilo que pode fazer a nossa economia andar, desburocratizar. Dei carta branca ao senhor Paulo Guedes para perseguir esse objetivo", afirmou.

Bolsonaro ainda foi questionado sobre a abertura de inquérito para investigar suposto uso de caixa dois pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo Bolsonaro, "em havendo qualquer comprovação ou denúncia robusta contra quem quer que seja e que esteja ao alcance da minha caneta bic, ela será usada".

MINISTROS

Bolsonaro participou nesta quarta-feira de uma cerimônia em que recebeu a Medalha do Pacificador com Palma por um ato de bravura acontecido em 1978.

Segundo o próprio presidente explicou, a ideia de condecorá-lo por ter salvado um soldado de afogamento foi aprovada pelo comandante do Exército já há algum tempo - "quando começou a se avolumar denúncias de que eu era racista", disse. Mas, afirmou, decidiu-se esperar para que a condecoração não fosse dada durante a campanha eleitoral. O soldado salvo, Celso Moraes Luiz, que estava na cerimônia, é negro.

O presidente eleito afirmou ainda que não tem nomes certos para os dois ministérios que faltam, Direitos Humanos e Meio Ambiente, mas que tem várias indicações. A maior dificuldade estaria em encontrar o nome certo para Meio Ambiente, disse.

"Temos bons nomes para meio ambiente mas estamos procurando aquele que se adapte àquilo que eu quero: preservar o meio ambiente sem prejudicar outras atividades no Brasil", afirmou.

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