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Europa e Nova York fecham em alta de olho em pacote de estímulos e retomada da economia

Bolsas americanas e europeias subiram com chance de Câmara americana aprovar ainda essa semana o pacote de US$ 1,9 trilhão proposto por Biden; Ásia fechou sem sinal único

9 mar 2021 - 08h10
(atualizado às 18h53)
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As Bolsas da Europa e de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 9, de olho nos sinais de recuperação da economia europeia e mundial. A possibilidade da Câmara americana aprovar, ainda nessa semana, o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão também anima. Na Ásia, no entanto, os índices fecharam sem sinal único, ainda de olho no mercado de títulos públicos americano.

Na agenda de indicadores, as exportações da Alemanha aumentaram 1,4% em janeiro ante dezembro, após ajustes sazonais, o que contrariou a previsão de queda de 1,8% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Já a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por sua vez, elevou a previsão de alta do PIB global em 2021, de 4,2% a 5,6%. Apenas para o crescimento da zona do euro, a expectativa da entidade sediada em Paris subiu de 3,6% para 3,9%.

Nos EUA, há expectativas de que a Câmara dos Representantes deve aprovar a última versão do pacotede alívio fiscal de US$ 1,9 trilhão entre hoje e quarta-feira, enviando-o à Casa Branca para a sanção do presidente Joe Biden ainda nesta semana.

Já na China, o governo local anunciou que irá buscar crescimento de mais de 6% este ano. A meta ficou bem abaixo das projeções de muitos economistas e foi interpretada como sinal de que Pequim poderá tomar iniciativas para gerenciar riscos ligados a dívidas.

Bolsas de Nova York

Nova York fechou em alta, em sessão marcada pela recuperação de perdas recentes diante da trégua na inclinação da curva de juros americana e na expectativa pela aprovação no Congresso americano do novo pacote fiscal. O salto de quase 20% nas ações da Tesla fez o índice Nasdaq subir 3,69%, um dia após ter entrado em território de correção - queda de 10% em relação ao pico mais recente.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,10% e chegou a renovar sua máxima histórica intradia. O S&P 500 avançou 1,42%.

Bolsas da Europa

No velho continente, o ânimo com a retomada da economia ajudou a manter os índices locais em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,76%, enquanto a Bolsa de Londres subiu 0,17%, enquanto Paris avançou 0,37% e Frankfurt teve ganho de 0,40%.

Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 0,57%, 0,62% e 1,04% cada.

Bolsas da Ásia

Ainda de olho no conturbado cenário americano de títulos públicos, cuja a curva de rendimentos segue instável, os índices asiáticos fecharam sem sentido único. A Bolsa de Tóquio subiu 0,99%, enquanto Hong Kong avançou 0,81% e Taiwan se valorizou 0,21%. Na Oceania, a Bolsa australiana também ficou no azul, com ganho de 0,47% em Sydney.

Por outro lado, os mercados da China continental tiveram um segundo dia de fortes perdas, em meio à avaliação de que Pequim poderá agir para conter o avanço de dívidas e prevenir a formação de bolhas de ativos. A Bolsa de Xangai teve queda de 1,82% e a de Shenzhen, de 2,84%. A Bolsa de Seul caiu 0,67%.

Petróleo

O petróleo fechou em queda nesta terça-feira, estendendo o movimento de correção observado ontem, após a commodity registrar fortes altas na semana passada. Durante a sessão de hoje, o óleo chegou a se recuperar e inverteu o sinal, mas a alta acabou não se sustentando diante do corte na previsão de crescimento da demanda global pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que ainda informou a maior queda anual já registrada da produção americana do óleo. Diante desse cenário, investidores ficaram à espera de dados de estoque nos EUA, que saem entre hoje e amanhã.

O petróleo WTI com entrega para abril fechou em queda de 1,60%, cotado a US$ 64,01 o barril, enquanto o Brent para maio recuou 1,06%, aos US$ 67,52 o barril. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA E GABRIEL BUENO DA COSTA

Estadão
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