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Bastidores: No Palácio, desempenho de Montezano não agrada por deixar Bolsonaro 'exposto'

A expressão "caixa-preta", um dos temas dominantes na campanha de Bolsonaro, não foi usada uma única vez pelo presidente do banco

29 jan 2020 - 18h46
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O desempenho do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, em dar explicações sobre a auditoria milionária no banco desagradou no Palácio do Planalto.

A avaliação de interlocutores do presidente é que o "garoto" deixou o presidente Jair Bolsonaro "exposto" ao insistir que não houve nenhuma irregularidade nos desembolsos do banco para o grupo J&F, dos irmãos Batista.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

"Como você explica para uma população geral, que paga altos impostos, que não tem escola, não tem saúde, não tem segurança, que a gente emprestou R$ 20 bilhões para (quem se envolveu em) um dos maiores esquemas de corrupção da história, com o dinheiro deles (população), e não teve nada de ilegal?", questionou Montezano, para depois ele mesmo responder: " A verdade é que a gente concluiu que não houve nada de ilegal".

A expressão "caixa-preta", um dos temas dominantes na campanha de Bolsonaro, não foi usada uma única vez pelo presidente do banco.

Para muitos apoiadores do presidente, a sua abertura teria potencial para revelar malfeitos maiores do que os descobertos pela Operação Lava Jato na Petrobrás.

Logo após a vitória nas urnas, o presidente eleito se comprometeu a determinar, no início do mandato, "a abertura da caixa-preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos".

A "sorte" de Montezano, segundo os interlocutores do presidente, é que o chefe imediato dele é o ministro da Economia, Paulo Guedes, que considerou o desempenho "satisfatório". Pelo menos, no momento.

Estadão
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