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Banco Central interrompe altas e mantém juros básicos em 15% ao ano

Fim das altas da taxa Selic era esperado pelo mercado financeiro

30 jul 2025 - 18h34
(atualizado às 20h40)
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Compra de parte do Banco Master pelo BRB ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central
Compra de parte do Banco Master pelo BRB ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

O Banco Central (BC) decidiu interromper a alta de juros iniciada há quase um ano. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia em 15% ao ano. A decisão, divulgada nesta quarta-feira, 30, era esperada pelo mercado financeiro

A manutenção ocorre após a Selic subir por sete vezes seguidas. As altas começaram em setembro de 2024. De novembro até março deste ano, o Copom tinha elevado os juros básicos em 1 ponto percentual a cada reunião. Em maio, a taxa subiu menos: 0,5 ponto. Em junho, a alta foi de apenas 0,25 ponto. 

Mesmo com a pausa nas altas, a Selic está no maior nível em quase 20 anos. Esse é o maior patamar desde agosto de 2006, início do segundo mandato do governo Lula (PT), quando estava em 15,25% ao ano. Nessa época, os juros estavam em queda depois de terem atingido 19,75% em maio de 2005.

Em comunicado, o Copom explicou a conjuntura que fez os diretores votarem pela interrupção da alta dos juros, mas enfatizou que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.

O Comitê também citou o cenário externo. Disse que tem acompanhado, com particular atenção, os anúncios referentes à imposição, pelos EUA, de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza.

Para a próxima reunião, o Copom antecipou uma continuação da interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado e então avaliar se o nível da taxa de juros é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

O que é a Selic

A Selic é a referência para todas as taxas de juros do mercado brasileiro, definida pelo Copom, composto pelo presidente e diretores do Banco Central. Ela é o principal instrumento de política monetária utilizada para controlar a inflação.

Quando os juros sobem, os financiamentos, empréstimos e pagamentos com cartão se tornam mais caros, o que desencoraja o consumo e, por consequência, estimula a queda na inflação. Por outro lado, se a inflação está baixa e o BC reduz os juros, isso torna os empréstimos mais baratos e incentiva o consumo.

Como a Selic é definida

O Banco Central avalia as condições da inflação, da atividade econômica, das contas públicas e o cenário externo para definir o que fazer com a Selic, sempre com o objetivo de manter a inflação dentro da meta.

Essa é uma prática comum entre governos e autoridades monetárias. O Federal Reserve (Fed) define os juros básicos da economia americana, e o Banco Central Europeu faz o mesmo com os juros dos países da zona do euro.

Meta de inflação

O objetivo do Copom é manter a inflação brasileira dentro da chamada meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina a meta de três anos à frente, visando uma inflação previsível, estável e baixa, que possa ajudar a economia brasileira a crescer.

Fonte: Redação Terra
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