Bancários entram em greve nacional por tempo indeterminado
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Os bancários decidiram na noite de terça-feira entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir de 0h de quarta-feira, informou em nota o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Até as 21h20, mais de 20 Estados também concordaram em aderir à paralisação.
A categoria rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que prevê a reposição da inflação dos últimos 12 meses, de 4,29%, mas sem aumento real de salários.
"Os banqueiros empurraram os bancários à greve. As instituições financeiras não apresentaram aumento salarial acima da inflação, apesar do crescimento econômico do País e do excelente resultado dos bancos, que lucraram em média 29% mais do que o ano passado", disse a presidente do sindicato, Juvandia Moreira, em nota.
Os bancários exige um aumento de 11%, melhoria na participação nos lucros e resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos salariais maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.
O Comando Nacional dos Bancários considerou a oferta dos banqueiros insuficiente e tinha dado prazo até a segunda-feira para que a Fenaban apresentasse uma nova proposta para análise da assembleia, o que não aconteceu. "A Fenaban tem de apresentar uma proposta à altura das reivindicações da categoria e dos resultados dos bancos", disse Juvandia.
Segundo a nota, o país tem 460 mil bancários, sendo 130 mil na base do sindicato de São Paulo.