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Autoridade bancária da Europa cobra esforço conjunto de bancos atingidos por coronavírus

25 mai 2020 - 16h58
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Países da União Europeia precisam juntar forças para protegerem seus bancos dos efeitos da pandemia e poderão usar um fundo de recuperação de 500 bilhões de euros para isso, disse o principal regulador do setor no bloco nesta segunda-feira.

Jose Manuel Campa, lider da Autoridade Bancária da Europa (EBA, na sigla em inglês). 17/2/2010. REUTERS/Juan Medina
Jose Manuel Campa, lider da Autoridade Bancária da Europa (EBA, na sigla em inglês). 17/2/2010. REUTERS/Juan Medina
Foto: Reuters

Os comentários de Jose Manuel Campa, que lidera a Autoridade Bancária da Europa (EBA, na sigla em inglês), devem reabrir um debate polêmico sobre se países ricos como a Alemanha deveriam apoiar bancos de países mais pobres, como a Itália.

Campa fez os comentários dias após a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, proporem um fundo de recuperação europeu para ajudar os membros mais atingidos do bloco a reconstruírem suas economias.

"Faz sentido ter uma abordagem europeia para apoiar os bancos", disse Campa, à Reuters.

"Isso poderia ser na forma de uma recapitalização cautelosa no estilo Tarp. E o fundo europeu de recuperação poderia desempenhar um papel", disse ele, sugerindo que a assistência seja direcionada a bancos fundamentalmente robustos, mas que foram atingidos pela crise do coronavírus.

Durante a crise financeira de 2008, o governo dos Estados Unidos criou o Programa de Alívio de Ativos em Dificuldades (Tarp, na sigla em inglês) que injetou bilhões de dólares nos bancos do país.

A EBA afirma que os bancos europeus formaram um colchão de mais de 430 bilhões de euros, o que deve ser mais que suficiente para cobrir as perdas geradas pelo aumento da inadimplência de empresas como agências de viagem e restaurantes.

Mas algumas instituições financeiras, particularmente em economias onde a pandemia foi mais dura, como Itália e Espanha, estão mais vulneráveis que outros.

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