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Após Trump, dólar fica sem direção única ante rivais e euro mantém força

29 mai 2020 - 17h58
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O dólar ficou sem direção única ante outras moedas fortes nesta sexta-feira, 29, após o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a China. O euro, por sua vez, manteve a força diante do otimismo dos investidores com o pacote fiscal de 750 bilhões de euros proposto nesta semana pela União Europeia.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,78 ienes, o euro avançava a US$ 1,1095 e a libra tinha alta a US$ 1,2332. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante seis rivais, registrou leve recuo de 0,04%, a 98,344 pontos, com queda semanal de 1,52%.

"Durante toda a semana, o presidente Trump provocou o mercado com a possibilidade de grandes mudanças no relacionamento entre os EUA e Hong Kong/China, mas para o alívio de todos, sua coletiva de imprensa não revelou nada de excepcionalmente prejudicial", avalia a diretora de estratégia de câmbio da BK Asset Management, Kathy Lien.

No discurso, o republicano anunciou que suspenderá a entrada nos EUA de cidadãos da China que são "riscos à segurança", confirmou o processo para retirar o tratamento especial que Washington concede a Hong Kong no comércio e informou o "término" das relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trump ainda disse que orientará um grupo de trabalho para avaliar as práticas de empresas da China listadas nas bolsas americanas.

Desde o início do pregão, o mercado cambial não vinha refletindo a aversão a risco verificada em outros mercados, como o acionário. "Uma confluência de fatores conspirou para empurrar o dólar mais para baixo", diz o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Ele cita a percepção de que a economia dos EUA está chegando ao ponto mais baixo da crise e ficando pronta para uma recuperação, o que diminui a busca por segurança.

Além disso, o euro manteve a força que se seguiu ao anúncio de um pacote fiscal de 750 bilhões de euros nesta semana pela União Europeia. A proposta, se aprovada, poderia dar à economia do bloco um impulso "muito necessário", segundo Manimbo, do Western Union.

Ante divisas emergentes e ligadas a commodities, o dólar caía a 22,2160 pesos mexicanos, no final da tarde em Nova York, mas subia 68,4946 pesos argentinos e a 17,6040 rands sul-africanos.

Estadão
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