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Após trégua, Ibovepsa fecha em queda com exterior e receios eleitorais

23 ago 2018 - 17h43
(atualizado às 17h46)
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O Ibovespa fechou em baixa nesta quinta-feira, em meio a um cenário externo negativo, com fortalecimento global do dólar, o que afetou emergentes, enquanto o panorama eleitoral no Brasil deixa os agentes financeiros temerosos.

Pessoas passam por gráfico de flutuações do mercado na Bovespa, São Paulo
09/05/2016 
REUTERS/Paulo Whitaker
Pessoas passam por gráfico de flutuações do mercado na Bovespa, São Paulo 09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O principal índice de ações da B3 caiu 1,65 por cento, a 75.633,77 pontos. O giro financeiro do pregão somou 9,9 bilhões de reais. Na véspera, o Ibovespa subira 2,29 por cento.

O ambiente ainda de incerteza global subiu com o acirramento da disputa comercial entre Estados Unidos e China, com tarifas de ambos os lados entrando em vigor nesta quinta-feira.

Em Wall Street, o índice S&P 500 caiu 0,17 por cento. O dólar subiu ante uma cesta de moedas, principalmente ante divisas de mercados emergentes. A alta frente ao real foi de 1,65 por cento, a 4,1230 reais.

No Brasil, o fraco desempenho de candidatos vistos como reformistas em pesquisas de intenção de voto tem sido um agravante.

"Esse cenário de incerteza (sobre a disputa presidencial) traz muita volatilidade à bolsa e não deve arrefecer até uma definição mais clara do cenário eleitoral", afirmou o gestor Igor Lima, sócio da Galt Capital.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 3,89 por cento. BRADESCO PN recuou 2,5 por cento, com o setor financeiro entre as maiores pressões do Ibovespa, uma vez que figura entre os mais líquidos e também tem sido um dos mais sensíveis a especulações eleitorais. B3 cedeu 5,8 por cento.

- PETROBRAS PN recuou 2,18 por cento, também pesando, dada a fraqueza do petróleo no exterior e vulnerabilidade a preocupações com o desfecho da disputa eleitoral, em razão de seu controle ser estatal.

- GOL PN recuou 5,51 por cento, após o dólar marcar a sétima alta seguida, para 4,123 reais, o que prejudica o resultado da empresa aérea. No segundo trimestre, a Gol teve prejuízo de 1,3 bilhão de reais sob pressão do dólar mais caro.

- SUZANO valorizou-se 4,31 por cento, com o setor de papel e celulose na ponta positiva do Ibovespa, favorecido pelo fortalecimento do dólar, com de dados sobre estoques de celulose também no radar.

- RD subiu 1,79 por cento, a 79,80 reais, voltando aos níveis de fevereiro. A corretora Safra disse que papel reforçou a tendência de alta de curto prazo. Da mínima intradia do ano, no fim de maio, até a máxima intradia desta sessão, o papel subiu quase 39 por cento.

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