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“Sou viciado em Lília Cabral”, diz José Mayer sobre par em 'Saramandaia'

5 jun 2013 - 14h05
(atualizado às 14h05)
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<p>O elenco do remake da novela das 23h da TV Globo se reuniu para o lançamento do folhetim</p>
O elenco do remake da novela das 23h da TV Globo se reuniu para o lançamento do folhetim
Foto: Daniel Ramalho / Terra

José Mayer e Lília Cabral reeditarão, no remake de Saramandaia, parceria de sucesso feita em Fina Estampa, quando formaram o casal Griselda e Pereirinha. Desta vez, no entanto, farão realmente um par romântico, já que na novela de Aguinaldo Silva viviam às turras. O ator disse estar muito feliz em voltar a contracenar com Lília, com quem afirma fazer uma dupla afinada. Usando o futebol como metáfora, Mayer aponta que ele e Lília, juntos em cena, são uma dupla afinada, assim como eram Pelé e Coutinho, e se espera de Messi e Neymar.

“Sou viciado em Lília Cabral. É um privilégio trabalhar com ela, que é uma atriz magnífica. Ela me faz crescer. É uma atriz com quem gosto de jogar. Somos uma tabelinha que funciona. Nos velhos tempos seria Pelé e Coutinho, hoje Neymar e Messi, né? Eu gosto muito de contracenar com bons atores e boas atrizes. O jogo fica melhor, a cena fica mais rica. Lília é uma goleadora, uma artilheira. Espero que essa parceria de tantos anos se repita mais algumas vezes”, afirmou, durante o lançamento da novela que vai ocupar a faixa das 23h, escrita por Ricardo Linhares e baseada na história original de Dias Gomes.

Mayer interpreta o Coronel Zico Rosado, um fazendeiro poderoso da fictícia cidade de Bole Bole, que assim como outros personagens da trama, carrega uma característica surreal: solta formigas pelo nariz. Casado com Helena (Ângela Figueiredo), ainda é apaixonado por Vitória, personagem de Lília Cabral, com quem se envolveu no passado. Apesar de o Coronel Zico ser classificado como corrupto, infiel, arrogante e egoísta, Mayer aponta que o personagem tem um lado folclórico que é divertido. Nas palavras do ator, não chega a ser um canalha como Pereirinha.

“O Pereirinha não era um galã romântico. Ele era um sacripanta, um canalha. Esse personagem muda muito em relação ao outro. O Zico Rosado é um personagem cheio de paradoxos, de sentimentos contraditórios. É o retrato do político corrupto no Brasil, uma espécie de Maluf da ficção, acusado de tudo e nada gruda nele, nada pega”, observou.

Na trama original, Zico Rosado não tinha esse envolvimento extraconjugal, já que a personagem de Lília Cabral nem existia. Foi criada para esta versão. Mayer, porém, garante que as histórias surreais da trama de Dias Gomes foram preservadas.

“A novela traz o universo do Dias, mas recriado, reinventado, muito mais rico e complexo, mas ainda assim muito alegre, muito engraçado. Zico Rosado é um caminho diferente de tudo que já fiz”, comentou.

Além de Lília, ele exaltou o elenco, especialmente as presenças de Fernanda Montenegro, que vive Candinha, mãe de Zico Rosado, e de Tarcísio Meira, que, na pele de Tibério Vilar, será seu antagonista na novela.

“A gente tem um time, um Barcelona da teledramaturgia. Está um time maravilhoso”, pontuou, novamente utilizando o futebol como metáfora.

O ator ainda salientou não ter recorrido a referências da antiga versão para criar o personagem. Ele observou não ter revisto cenas da novela que foi ao ar em 1976, para não atrapalhar a impressão de sua marca pessoal a Zico Rosado.

“Fiz alguns remakes de clássicos, e eu prefiro não ver, porque não vale a pena. Todo remake acaba sendo uma criação original. É bom que eu imprima minha maneira de ver. Toda vez que um artista recria um trabalho, ele vai imprimir sua nota pessoal. Não vale a pena buscar informações do trabalho anteriormente feito”.

Lília Cabral também comemorou a parceria com Mayer, a quem classificou como um parceiro “maravilhoso”. Entusiasmada com seu papel e com o universo fantástico da novela, a atriz disse que os telespectadores assistirão a uma “ousadia espetaculosa”.

“O que mais me entusiasma é que é um trabalho diferenciado das coisas que tenho feito, porque é tratado como cinema, na ousadia de mostrar essa dinâmica autoral, irreverente, criativa e sonhadora. Isso me dá muito ânimo em chegar aqui e entrar em um cenário bizarro. Meu pai [Tibério Vilar, interpretado por Tarcísio Meira] tem raízes, não sai da cadeira”, comentou.

“É uma fantasia popular e brasileira. Saramandaia é o sonho de todo brasileiro. Poder voar, criar raízes, ser eterno”, acrescentou a atriz global.

Fonte: Terra
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