Record apostou em trama de ficção e venceu a Globo há 17 anos
Novela de Tiago Santiago para a Record contou com mutantes e conquistou ótima audiência
Há 17 anos a Record apostou em algo inédito para a dramaturgia da emissora: Caminhos do Coração estreava as três fases da saga dos mutantes e fazia o feito inédito de vencer a Globo na estreia de A Favorita. A primeira fase trouxe Bianca Rinaldi como protagonista e se baseou em tramas clássicas, como o X-Men, e filmes de horror com uma veia mais cômica, como A Hora do Pesadelo. Tiago Santiago criou um panteão de assuntos para a internet: seja pelas cenas em CGI ou pelos inúmeros tipos de heróis e vilões ao longo da trilogia.
Globo e Record lutaram pelo topo
Em 6 de fevereiro de 2008, a emissora de Edir Macedo alcançou 22 pontos de média e a Globo ficou com 20 pontos durante a exibição de um jogo de futebol. Isto foi suficiente para o último capítulo da primeira fase de Caminhos do Coração ser modificado: em uma estratégia de marketing, ele foi exibido às 20h40 para coincidir com a estreia de A Favorita. A Record conseguiu 23 pontos e a Globo 35 pontos, marcando a pior estreia - até então - de uma novela global da época e tudo isto por conta da história dos mutantes. Um fato curioso sobre a obra é que a líder de audiência acabou sofrendo para emplacar o início da trama clássica, comandado por João Emanuel Carneiro.
A segunda fase de Caminhos do Coração chegou com 24 pontos e não conseguiu se manter. Neste ponto, a trama da emissora dos Marinho já tinha engatado com o público. De modo irônico, a pior audiência da fase dois foi 8 pontos e aconteceu durante a exibição do último capítulo da história de Flora (Patrícia Pillar), em 16 de janeiro de 2009. Vale pontuar que a Record tentou Fernanda Montenegro para a novela dos mutantes, que recusou após algumas reuniões com a alta cúpula.
Tecnologia de ponta
Caminhos do Coração usou uma tecnologia de ponta para produção de efeitos especiais. Chamada de Inferno, a Record investiu um milhão de dólares e, com ele, o equipamento modelou figurantes virtuais em três dimensões. As câmeras Viper, que possuem alta definição, também foram compradas para investir no título. Com a tecnologia, as mais variadas possibilidades foram usadas: menino que virava lobisomem, voos, hipervelocidade, levitações, mulher-aranha e todo tipo de superpoderes. Foi um sucesso comercial: produtos como cadernos, chicletes e mais foram comercializados.
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