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Carla Marins dá novo final para Joyce em reprise de História de Amor: 'Menos objeto'

Carla Marins participou do Encontro com Patrícia Poeta e falou sobre a Joyce, personagem que viveu na novela História de Amor

11 fev 2025 - 11h38
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Carla Marins, a Joyce de História de Amor, falou sobre o romance da personagem com Caio (Ângelo Paes Leme)
Carla Marins, a Joyce de História de Amor, falou sobre o romance da personagem com Caio (Ângelo Paes Leme)
Foto: Reprodução/Divulgação/Globo / Contigo

Nesta terça-feira (11), Carla Marins e Ângelo Paes Leme, que viveram Joyce e Caio em História de Amor, participaram do Encontro com Patrícia Poeta para falar sobre a novela das 21h de Manoel Carlos que está sendo reprisada na faixa especial da Globo.

"Quando você estava fazendo a personagem, vivendo ela, você tinha noção naquela época que ela passava por uma coisa muito séria, que era um relacionamento tóxico, abusivo, você tinha essa noção lá atrás?", indagou a apresentadora.

"Não, na época não. A gente estava conversando, eu e o Ângelo, que não era bem um relacionamento abusivo, era bem tóxico, mas naquela época a gente não tinha ferramentas, o conhecimento que a gente tem hoje para entender o problema daquele casal", afirmou a atriz.

"Você tinha aquela noção, Ângelo? Seu personagem era um agressor, né?", seguiu a comunicadora. "Sim, eu acho que os dois se agrediam muito. Você mostrou essa cena agora, ela foi muito marcante", apontou o famoso sobre a sequência que Joyce é empurrada por Caio dentro de um carro, bate a cabeça e cai na rua.

"Ele agride ela, não presta socorro. Uma cena de teor muito grave. Se ela tivesse tomado as medidas cabíveis, ele teria sido processado, preso. Ao mesmo tempo, a relação do Caio com a Joyce, eles eram muito imaturos, muito intensos e havia ali um conflito de interesses, não tinha harmonia. Brigavam muito, discutiam muito e às vezes saiam no tapa, mas não era uma relação onde ele prevalecia como um homem que abusava dela agredindo, que se sobrepunha como opressor, os dois se machucavam", avaliou Ângelo.

"Qual era o retorno para vocês daquela época e qual será o retorno dessa vez?", indagou Poeta. "Bom, a Joyce era odiada. Em todos os lugares que eu andava eu recebia chamadas na rua, mães atrizes falavam, 'nossa, eu falo para a minha filha não ser como a Joyce'. Ela era realmente um exemplo a ser seguido", contou Marins.

"A gente vivia uma relação de amor e ódio e o público ia junto. Uma hora estava odiando e outra hora passava a torcer porque também existia uma relação de afeto entre os dois muito grande. No início eu não acreditei na possível felicidade do casal e que o público pudesse torcer por eles", falou Paes Leme.

"Isso rolou na época?", questionou Patrícia. "Rolou, eu fui muito perseguido. A Carlinha também. E a gente era o tempo todo interpelado, as pessoas ficavam indignadas, mas o Maneco, como um grande autor, trabalha na contradição do personagem, na complexidade humana ali, então todos eles vão passar por um processo de amadurecimento. E a possibilidade desse amor dar certo, porque existia amor, é plausível. Então tem que dar chance aos personagem amadurecerem", refletiu Ângelo.

Carla fez uma análise sobre como seria o final de sua personagem se a novela se passasse nos tempos atuais. "Eu acredito muito na força da dramaturgia para levantar essas questões. Hoje inclusive eu diria, o final feliz da novela é sempre a personagem terminando com o par romântico, hoje eu diria que a Joyce poderia terminar sozinha, focando nos estudos, na emancipação profissional e financeira, se tornar sujeito e menos objeto", finalizou a atriz.

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