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Jeff Benício

Suspeita sobre Trump lembra dúvida da facada em Bolsonaro

Canal CNN lidera desconfiança na mídia a respeito do estado de saúde do presidente dos Estados Unidos

4 out 2020 - 13h41
(atualizado às 13h42)
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Alguns âncoras da CNN americana têm exagerado no pessimismo e na incredulidade sobre a situação clínica de Donald Trump. Desde que o presidente dos Estados Unidos deixou a Casa Branca para ser internado, a emissora sugere que os assessores dele escondem a verdade. Além disso, dão a entender que há sério risco à vida do homem mais poderoso do planeta.

Verdade ou fake news: saúde do homem mais poderoso do planeta gera boatos e dubiedade
Verdade ou fake news: saúde do homem mais poderoso do planeta gera boatos e dubiedade
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV

Apresentadores declaradamente anti-Trump, como Don Lemon e Chris Cuomo, disseram que a América está “às escuras” por conta da suposta falta de transparência nas informações repassadas à imprensa e ao povo. “A verdade está sendo suprimida”, afirmou um deles. Principal estrela da emissora, Anderson Cooper também não poupou críticas e cobranças.

O fato de Trump ter saído caminhando da Casa Branca rumo ao helicóptero que o transportou ao hospital e ter gravado dois vídeos nos quais parece em boas condições não minimizou as dúvidas e suposições da CNN. O veterano Wolf Blitzer insistiu na teoria que há “confusão” nos dados médicos sobre o presidente.

Nas entrelinhas, a CNN - considerada um inimigo por Trump assim como Jair Bolsonaro demoniza a Globo - levanta a hipótese de que ele está doente há mais tempo do que foi divulgado e teria revelado sua contaminação pelo novo coronavírus apenas em razão do aparecimento dos primeiros sintomas. Chris Cuomo, que teve covid-19, chegou a dizer que “a linha do tempo” sobre o contágio de Trump não faz sentido.

Percebe-se na mídia americana simpática aos democratas, e ao candidato Joe Biden, ceticismo semelhante ao visto no Brasil por parte de alguns veículos de comunicação que questionaram a facada em Bolsonaro, na campanha de 2018. Não faz bem ao jornalismo quando gigantes da imprensa alimentam teorias da conspiração.

No caso de desconfiança, deve-se confirmar ou corrigir a notícia por meio de outras fontes ao invés de lançar insinuações de maneira quase sensacionalista. Diante da TV, o público fica confuso. No que acreditar? São situações assim, ambíguas, que fazem o telejornalismo às vezes ter a isenção e a imparcialidade duramente contestadas.

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