Arrancada de Marçal em pesquisa reforça o poder dos debates na ‘velha’ TV
Subestimada por entusiastas das redes sociais, a televisão ainda é o cabo eleitoral decisivo na maioria das eleições
Nesta quinta-feira (22), os comentaristas de política foram convocados pelos principais telejornais para decodificar a nova pesquisa do Datafolha de intenções de votos a prefeito de São Paulo.
O crescimento de Pablo Marçal (21%), ultrapassando Ricardo Nunes (19%) e encostando em Guilherme Boulos (23%) teve influência do debate na Band, realizado em 8 de agosto, quando o candidato do PRTB disparou verborragia contra tudo e todos.
O programa registrou média de 3,6 pontos, audiência relevante para a emissora da família Saad. Maior do que o número, foi a repercussão na imprensa. No dia seguinte, trechos foram destacados em outros canais de sinal aberto e no jornalismo da TV paga.
Mais uma vez, a televisão mostrou seu poder de influência e mobilização. Desprezado na eleição presidencial de 2018, quando as redes sociais tiveram protagonismo, o veículo de comunicação recuperou valor no pleito seguinte e, agora, se fortalece.
Presente em 73,9 milhões de lares brasileiros (94,3% do total), segundo o IBGE, a TV continua a ser o maior cabo eleitoral dos partidos. O desempenho no vídeo – nos debates e no horário eleitoral – pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma candidatura. Contaminadas e pulverizadas, as redes sociais têm papel importante, mas não tão decisivo.