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Para diretor de filme sobre resgate de mineiros chilenos, drama de meninos tailandeses é digno de Hollywood

10 jul 2018 - 15h13
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O resgate arriscado de um time de futebol de meninos tailandeses e seu técnico de um complexo de cavernas inundado capturou os telespectadores de noticiários de todo o mundo, e sua história pode estar a caminho de ser recontada em Hollywood.

Produtor Medavoy com ator Stallone em lançamento de "Os 33" em Hollywood
 9/11/2015    REUTERS/Mario Anzuoni
Produtor Medavoy com ator Stallone em lançamento de "Os 33" em Hollywood 9/11/2015 REUTERS/Mario Anzuoni
Foto: Reuters

Mergulhadores libertaram os últimos quatro dos 12 garotos nesta terça-feira, encerrando uma missão perigosa que manteve o mundo na expectativa por mais de duas semanas.

    A saga lembra o resgate de 33 mineiros chilenos que ficaram presos durante 69 dias em 2010, acontecimento que foi transformado no filme "Os 33", de 2015, estrelado por Antonio Banderas.

    Como o resgate chileno, o drama tailandês representa a coragem da vida real diante de circunstâncias angustiantes, disse Mike Medavoy, produtor de "Os 33" indicado ao Oscar. "É provável que a saga vire um filme ou série de TV em algum momento", disse.

    "Ela trata dos triunfos dos indivíduos e grupos de seres humanos sobre a tragédia", disse Medavoy. "É uma história incrível".

Produtores da Pure Flix, um estúdio que se especializa em filmes cristãos e para a família, já estão no local para realizar entrevistas preliminares para um possível título, segundo a rede de notícias australiana AAP.

    "Vejo-o com um grande filme de Hollywood com astros de primeira", disse Michael Scott, sócio-diretor da Pure Flix, à AAP.

A Pure Flix não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

O esforço para retirar os meninos e seu treinador se transformou em uma corrida contra o relógio devido à expectativa de chuvas fortes que ameaçavam inundar os túneis, o que aumentou o suspense.

    "É uma combinação de grande risco e grande heroísmo", disse a agente literária Judi Farkas, que representou o autor Antonio Mendez na venda dos direitos de seu livro "Argo" para o filme homônimo, que rendeu um Oscar a Ben Affleck.

    Mas a transposição do drama tailandês para as telas enfrenta alguns obstáculos.

    Primeiramente, os cineastas precisariam obter a autorização das famílias de cada um dos garotos, do técnico e de qualquer um dos agentes de resgate que queiram retratar para ter seus relatos pessoais sobre o que ocorreu. As idades dos meninos variam entre 11 e 16 anos.

    E reproduzir o resgate na tela pode sair caro. Medavoy disse que um filme custaria menos do que "Os 33" porque filmar na Tailândia é mais barato - mas os cineastas teriam um desafio a mais pelo fato de as cenas de resgate acontecerem em águas turvas, o que não foi um fator na produção chilena.

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