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Obras musicais ganham uma nova "carteira de identidade" pela CISAC

28 set 2020 - 13h10
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A Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (CISAC) acredita que provocará uma grande melhora na identificação de cada obra musical, com o novo código ISWC (Código internacional padrão de obra, na sigla em inglês), uma espécie de carteira de identidade de uma obra musical.

Foto: Divulgação | Medium / The Music Journal

Esse número, que vinha sendo emitido por diferentes sociedades de autores musicais em cada país - o que, apesar dos esforços pela padronização, estava sujeito a erros ou duplicações -, agora é feito de forma centralizada pela CISAC.

Foram necessários dois anos de desenvolvimento do novo código e da implantação de uma nova tecnologia pela entidade que reúne as associações de gestão coletiva de direitos autorais foi o que permitiu a novidade.

Esta é a primeira grande mudança no sistema ISWC em 15 anos, um período no qual, segundo o CISAC, mais de 50 milhões de ISWC's foram emitidos. De acordo com a entidade internacional, "a identificação das obras será mais acurada e rápida, o que permitirá às sociedades de autores que cobram e repassam os direitos autorais aos titulares controlar seu uso com um nível de eficiência inédito".

Desde julho, mais de cem dessas entidades, das 232 que integram a CISAC - a União Brasileira de Compositores (UBC) entre elas -, já migraram para o novo sistema, desenvolvido pela empresa irlandesa Spanish Point Technologies. Em breve, o novo sistema será oferecido à comunidade dos editores musicais e às plataformas digitais.

"Compositores e autores dependem mais do que nunca das receitas digitais", disse Bjorn Ulvaeus, lendário membro do grupo ABBA e atual presidente do CISAC. "Precisam que a tecnologia trabalhe para ajudá-los a receber sua remuneração. O ISWC é um dos identificadores mais importantes da indústria musical, por isso é um prazer anunciar essa atualização. Ela permitirá monitorar os usos das obras de uma maneira melhor e mais eficaz, ajudando a colocar mais dinheiro, e mais rapidamente, no bolso dos criadores de música".

Só em 2019, as receitas das sociedades que compõem a CISAC com o streaming musical cresceu 27%, para € 2,1 bilhões (cerca de R$ 13,5 bilhões). Nos últimos cinco anos, o faturamento nesse segmento quase triplicou, e, segundo a entidade, "não há razão para crer que haverá uma desaceleração".

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