Mãe de Amy Winehouse diz que morte da filha não a surpreendeu
Janis Winehouse é uma das responsáveis por ceder material para a nova exposição sobre a vida da cantora que será aberta em setembro, em Londres
"Quando penso que Amy estaria chegando aos 30 neste ano não me parece certo. Não estou dizendo que previa isso, mas não me surpreendeu. Não poderia imaginar Amy como uma pessoa mais velha". O depoimento não é de um fã ou de um crítico musical. É, na verdade, de uma pessoa das mais próximas de Amy Winehouse, morta em 2011 em decorrência do abuso de álcool: sua mãe, Janis.
Ela é uma das responsáveis pelo material da exposição Amy Winehouse: For You I Was A Flame, que será inaugurada no dia 14 de setembro em Proud Camdem, em Londres. O evento, escolhido para esta data por ser a mesma do aniversário da cantora, faz parte das celebrações #Amy´s 30.
"Ela era essa menininha que explodiu no mundo como fogos de artifício e então disse, 'ok, estou cansada, estou fora'. Amy nunca conseguiria ter feito 30", continuou Janis, explicando que a exposição trará "o melhor lado de Amy", com fotografias de sua vida pessoal e carreira, além de grafites.
"Amy estava chegando lá. Ela tinha saído das drogas, mas eu também sabia que ela estava enjoada, cansada de fazer os mesmos shows e as mesmas músicas. Eu diria que Amy estava cansada da vida. Acredito em vida após a morte e, quando Amy morreu, ela provavelmente encontrou com sua avó, que disse a ela, 'viu, eu te disse que isso aconteceria! Eu te disse para parar de fazer loucuras'. E Amy provavelmente disse, 'ops, não tinha a intenção'. Acho que ela se surpreendeu. Provavelmente pensou que era imortal", lamentou.
Para ela, além do álcool, o principal motivo para a morte da filha em idade tão precoce foi a bulimia. "Seu comportamento com comida era muito triste, porque ela sempre estava em uma dieta louca. Ela dizia, 'encontrei uma dieta muito boa, mamãe, eu engulo a comida e depois ponho tudo para fora'. Ela comia o seu hambúrguer KFC favorito toda a noite e depois vomitava. Ela era muito magra, como uma vítima de um campo de concentração. Eu não sei se teria sido uma mãe diferente se não tivesse esclerose múltipla. Certamente teria sido mais enérgica com Amy."