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7 erros que você não pode cometer na hora de estudar violão

8 nov 2019 - 08h11
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Quando iniciamos os processos de aprendizado, inevitavelmente, cometemos uma sucessão de vacilos. Nessa nossa jornada de músico, como você deve imaginar, a situação não é diferente. A bem da verdade, por mais que muitos façam vistas grossas, é que colecionamos mancadas.

O texto de hoje é pra você, amigo leitor, que está dando seus primeiros passos no admirável mundo da música. Ao longo das próximas linhas, quero trocar um papo reto acerca dos erros mais comuns que todo músico iniciante comete.

Ah! Saiba que não quero fazer juízo de valor. A intenção é somente, e não mais do que isso, te dar umas dicas para que seu aprendizado possa fluir de maneira proveitosa, eficiente e coerente.

1. Evitar acordes com pestana

Geralmente, a pestana é o primeiro obstáculo na trajetória de quem está começando a tocar violão ou guitarra. O som fica esquisito e a posição do dedo indicador não é confortável, correto? A boa notícia, confie em mim, é que esse sofrimento não é eterno.

Na medida em que você fortalecer os músculos de sua mão, as pestanas deixarão de ser um pesadelo. Vai doer um pouco, de fato, mas não é nada que não possa ser superado. Para conseguir exorcizar o "fantasma pestaneiro", recomendo duas atitudes:

  • Dedique 5 minutinhos de seu treino aos os acordes com pestana.
  • Tente parar de tocar somente as músicas que não tenham pestanas [é impossível montar o repertório bacana só com canções que não tenham pestana]

Estamos lidando com um ponto crucial no aprendizado, ou seja, não tem escapatória! Afinal de contas, as pestaninhas são charmosas e fundamentais para abrir o seu leque sonoro na hora de compor.

2. Deixar técnica e teoria em 2.º plano

Tocar as canções que curtimos, sem a menor sombra de dúvidas, faz bem pros ouvidos, pra mente e pro coração. Na real, ninguém começa a tocar por causa dos exercícios. Acontece, porém, que não adianta aprender uma música sem saber o que está sendo executado.

A pessoa quem mantém o foco só repertório e deixa bases teóricas e fundamentos técnicos em 2.º plano, você não será um músico. Pra falar a verdade, me desculpe pela franqueza, quem age assim, não passa de um repetidor de músicas.

"E o que há de errado nisso?", sabiamente você indaga. A resposta é bem simples: o repetidor de música não será um bom compositor, não terá versatilidade e não vai nem mesmo conseguir improvisar durante uma jam.

3. Queimar etapas

Segundo a sabedoria popular, "não se começa uma casa pelo teto". Trazendo esse ensinamento para as aulas de música, é possível entender que não adianta queimar etapas. É totalmente compreensível que, ao menos no início do rolê, você queira tocar com a mesma desenvoltura de seus ídolos.

Quando o assunto é guitarra ou violão, sem sombra de dúvidas, a velocidade é um dos fundamentos que queremos dominar. Porém, sem treino e dedicação, torna-se impossível fazer aquele solo cheio de notas por minuto. Comece tocando lentamente, mas de maneira correta.

Aprender o posicionamento ideal das mãos, conhecer o som de cada nota, compreender os dinamismos de um campo harmônico, por exemplo, são apenas algumas das etapas de aprendizado que precisamos passar antes de pensarmos em tocar rápido. Lembre-se que a velocidade vem, naturalmente, com a prática, isto é, aprenda a controlar seus dedos e, consequentemente, realizará movimentos precisos.

Não se canse de treinar Digitação Psicotécnica e, principalmente, adquira o hábito de usar o metrônomo. Isso tudo vai orientar seu caminho rumo ao desenvolvimento da velocidade.

4. Não tocar na frente de outras pessoas

Há pessoas que são, naturalmente, tímidas ou acanhadas. Acontece, que essas características são fortes o suficiente para impedir o desenvolvimento de um músico. Se fazer um som em público é um pesadelo para você, está na hora de rever seus conceitos. Vai por mim: tocar na frente de outras pessoas é um gesto fundamental para o aprendizado. Além de injetar boas doses de adrenalina, essa prática te ajuda a melhorar o seu senso crítico.

Comece mostrando seu talento para sua família. Quando pegar confiança, toque umas músicas na frente de seus amigos. Conforme for a sua intenção com a música, naturalmente, você perceberá a chegada do momento de se apresentar para desconhecidos.

Conselho de amigo: será gratificante ver o sorriso e receber os elogios das pessoas que te verem/ouvirem tocar. Em contrapartida, saiba que as críticas podem acontecer. Seja lá qual for o feedback, encare como motivação para continuar desenvolvendo os seus estudos e aprendizados.

5. Não estabelecer metas

Isso é fundamental para todos os pontos da vida, concorda? Só consegue "chegar lá" quem sabe para onde está indo. Já que nosso papo é sobre aprendizado musical, que tal você tentar estabelecer metas de curto prazo em seus estudos? Para dar uma clareada aí nos seus horizontes, observe o exemplo abaixo.

Dentro de um mês:

  • desenvolver a independência dos dedos;
  • estudar uma determinada escala;
  • praticar diariamente;
  • aprender a tocar uma música completa, incluindo o solo

As metas acima são apenas um exemplo. Lembre-se que seus objetivos devem caminhar em concordância com seu nível de aprendizado. Se você ainda não tem certa bagagem de conhecimento, não adianta, por exemplo, tentar tirar músicas complexas como Hotel California (Eagles) ou Neon (John Mayer).

6. Aprender por várias fontes ao mesmo tempo

Em pleno século XXI, você não demora mais do que alguns poucos segundos para encontrar um infinito de videoaulas, tutoriais, cursos. Basta pegar o seu smartphone e procurar no Google ou no YouTube. Tamanha quantidade de informação, no entanto, nem sempre ajuda. Motivados pela falta de paciência, ou pela dificuldade de desenvolvimento, só pra citar dois exemplos, o músico iniciante tende a pular de um vídeo para outro… ou a abrir vários materiais ao mesmo tempo.

Há quem possa encarar o procedimento descrito acima como "fome de aprendizado". No entanto, essa busca incessante por conteúdo pode causar conflitos de didática e, consequentemente, quebrar a sequência lógica do seu estudo. Pense na seguinte lógica:

  • segundo muitos, 4 é igual a 2 + 2
  • para tantas outras pessoas, 4 é igual ao dobro de 2

E as possibilidades não param por aí! Sempre há vários caminhos para o mesmo lugar, inclusive quando esse "lugar" é o aprendizado musical. Se tentar aprender por várias fontes simultaneamente, além de perder muito tempo caçando conteúdo, você vai ganhar um belo de um nó aí na sua mente. Consequentemente, virão bloqueios, dispersões e desistência.

7. Não ter uma rotina de estudos

O comodismo é um erro muito comum. O cara já toca razoavelmente bem, tem um repertório interessante, domina uma boa quantidade de acordes e se vira com algumas escalas. Esse filme só pode ter um final: o indivíduo larga os estudos, pois já "toca pra caramba".

Leia também: O guia definitivo para melhorar suas aulas de violão online

E é nessa cena dantesca acima que mora o perigo! Quando abandona a rotina de estudos, o músico entra em um doloroso e triste processo de estagnação. Afinal de contas, somente o aprendizado de coisas novas possibilita o aperfeiçoamento de suas habilidades.

Mais dicas para iniciantes no violão

Já que você chegou até aqui, não posso deixar de te indicar mais algumas leituras. Tratam-se de textos que vão te ajudar a dar um up ainda mais bacana nos sesus estudos.

E não se esqueça de compartilhar o link deste post com a galera que também decidiu aprender a tocar violão, hein? Afinal de contas, o aprendizado musical não é uma competição. Tenha sempre em mente o fato de que "juntos, somos todos mais fortes" 

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