Na Indonésia, Tainá Müller desabafa sobre Julia Marins: 'País sem estrutura'
Segundo ela, acompanhou o caso e, por estar no país, tentou ajudar a família da moça
Tainá Müller usou suas redes sociais para desabafar sobre o descaso no resgate de Juliana Marins, brasileira que morreu no vulcão Rinjani, destacando a precariedade local e prestando solidariedade à família.
A atriz Tainá Müller, de 43 anos, está passando uma temporada de férias na Indonésia, país onde a brasileira Juliana Marins morreu durante um passeio a um vulcão, fez um desabafo emocionado sobre o assunto.
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Tainá contou que acompanhou o resgate do corpo e que, mesmo sem poder fazer muito, se mobilizou para tentar ajudar a família da jovem.
"Eu estava saindo de um templo de purificação de águas aqui em Bali quando soube da mentira do governo da Indonésia sobre o resgate da Juliana. Eu já sabia da queda, mas estava tranquila com a notícia de que ela estava sendo resgatada. A história da Juliana me bateu fundo, não só por ela ser brasileira e estarmos no mesmo país, mas também porque uma mulher livre que larga tudo pra viajar pela Ásia encontra muita ressonância em mim", disse a atriz, em vídeo compartilhado pelos stories.
"Saber que era mentira e que ela seguia lá, sozinha, me deixou mentalmente naquele vulcão desde então. Tentei mobilizar meus contatos com embaixada, imprensa, e fiz o que pude para o barulho aumentar aqui nas redes sociais. Muita gente fez o mesmo e criou-se uma corrente em torno da Juliana. Foi difícil dormir essas quatro noites pensando que eles não tinham UMA CORDA grande o suficiente pra alcançá-la já no primeiro dia. Nunca esqueceremos da imagem de desamparo dela, esperando pelo milagre que não aconteceu", completou.
Tainá Müller ainda ressaltou que não é só o vulcão --diversos pontos turísticos na Indonésia sofrem com a precariedade de infraestrutura, o que representa um risco constante aos turistas.
"A Indonésia é um país que, apesar de lindo, não tem estrutura para o volume de turismo que recebe. O povo, em geral, é muito gentil, prestativo e confiável. Não dá pra entender a falta de seriedade com que esse acidente foi tratado no início. Eu vim pra Indonésia com o propósito de conexão espiritual e, não à toa, a Juliana passou a frequentar minhas meditações desde então. Sinto que a corrente de energia que ela mobilizou com seu sorriso e espírito livre chegou, de alguma forma, de volta pra ela. Ela apareceu muito nas meditações de ontem e sinto que teve muito amparo espiritual na sua passagem."
A atriz, que também é irmã da apresentadora Titi Müller, encerrou seu depoimento enviando uma mensagem de solidariedade à família de Juliana Marins nesse momento de dor.
"Um abraço forte na família e nos amigos nesse momento tão difícil. E que, se houver alguma forma de reparação pelo descaso absurdo, que a justiça seja feita. E que a Juliana esteja dançando pelo cosmos em paz, com a certeza de que milhares de pessoas estavam lá com ela."