Para Renée Zellweger, Bridget Jones continua sendo referência para todos
Eterna Bridget Jones, Renée Zellweger volta às telonas com um de seus personagens favoritos e desta vez vive uma mãe quarentona na terceira entrega da saga, o que não a impede de continuar "igualmente inconsciente e uma romântica incondicional".
Em entrevista à Agência Efe, Renée defende que "sem sobra de dúvidas", Bridget Jones permanece sendo um referencial em pleno século XXI.
"E não falo só das meninas. Os homens também podem se identificar porque é um personagem muito humano, vulnerável, imperfeito. Acompanhar seus pensamentos e suas ansiedades é extremamente reconfortante", explica.
Renée afirma que em "O Bebê de Bridget Jones", que estreia semana que vem no Brasil, a personagem está mais madura, bem-sucedida profissionalmente e mais segura.
"Mas continua sendo a mesma menina apaixonada e imperfeita, que é o que eu mais gosto nela porque faz com que seja amada. As pessoas ficam com vontade de animá-la e que fique bem", conta.
Ganhadora do Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, em 2004, por "Cold Mountain", Renée é uma autêntica diva: magérrima, dentro de um vestido floral desenho por Rebecca Taylor, ela é toda sorrisos e não se incomoda com pergunta alguma.
"O mais interessante deste trabalho é a transformação, ter que se moldar para um personagem, e quanto mais diferente for melhor é. Isso me satisfaz muito. Me sinto mais segura interpretando um personagem que não se parece nada comigo", revela ela, dando uma volta para responder à pergunta sobre seu nítido novo visual.
Uma mudança que afetou também às filmagens, já que o personagem se vê obrigado a explicar, logo no começo do filme, que "finalmente" conseguiu perder peso, para justificar os olhares que provoca enquanto caminha pela rua usando um vestido apertadinho.
O longa começa com o funeral, sem corpo, de Daniel Cleaver (Hugh Grant), o eterno amor de Bridget, com a presença de amigos e colegas de trabalho e também Marc Darcy (Collin Firth), o namorado perfeito da infância, e sua mulher, tão perfeita quanto ele.
"As pessoas se lembravam deste personagem melhor do que eu mesmo", conta Colin Firth à Efe.
Impecavelmente elegante, o britânico diz que tem muito cuidado ao recomendar filmes, mas que "O Bebê de Bridget Jones" é "divertido, como um escape, um entretenimento",
"Nós, atores, somos muito promíscuos. Não somos nem fiéis nem comprometidos, mas reconheço que não guardo nenhum personagem de maneira tão especial quanto este", entrega.
O novo filme tem todos os ingredientes que fizeram única a primeira entrega da saga, "O diário de Bridget Jones" (2001) e Sharon Maguire está de volta à direção, já que quem dirigiu "Bridget Jones no Limite da Razão" (2004) foi Beeban Kidron.
E é ao melhor estilo Bridget que acontece o primeiro encontro dela com o atraente Jack Qwant (Patrick Dempsey): ela caída em um lamaçal.
"É um personagem que dá esperanças", diz à Efe Patrick Dempsey.
Um autêntico sex symbol graças a seu papel na série "Grey's Anatomy", ele confessa que se sente "muito atraído" por mulheres como Bridget Jones.
"Claro que eu gosto. É uma mulher segura, que sabe o que quer e que se aceita. É bonita, sexy e poderosa", elogia o ator americano, que é respondido com uma salva de palmas de Renée.
O trio afirma não ter ideia sobre a possibilidade de um quarto filme, mas Renée deixa claro que não se importaria em continuar até Bridget virar vovó.
"Estou preparada", dispara ela, entre risos.